Nas eleições deste ano, 388 candidatos disputaram uma vaga na Câmara de Vereadores de Joinville, batendo o recorde de 2012, quando 335 participaram do pleito. Entre os 19 eleitos, oito já estavam na casa e cumprirão mais quatro anos de mandato. Onze são novatos e exercerão pela primeira vez o cargo no Legislativo municipal.
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Mas o que ocorre se um dos eleitos pelo voto popular assumir um cargo na Prefeitura ou se eleger, daqui dois anos, para a Assembleia Legislativa? Quem assumirá a cadeira na Câmara? A resposta é simples: o suplente.
Em Joinville, 234 nomes estão aptos a assumir a suplência com base no quociente eleitoral, que é o que define os partidos e/ou coligações que têm direito a ocupar as vagas. Mas é claro que um número bem pequeno, de fato, fará uso dessa possibilidade.
Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral. Em Joinville, foram contabilizados 293.916 votos válidos (candidatos nominais, mais legendas), o que resulta em um quociente eleitoral de 15.470 votos. Assim, para conquistar uma vaga na Câmara, o partido ou coligação teve de alcançar essa marca.
Isso explica por que partidos tradicionais na cidade, como PT e PP, ficaram sem representantes na Câmara, apesar da boa votação de alguns dos seus candidatos – Rodrigo Thomazi (PP), por exemplo, fez 3.273 votos e não entrou, enquanto que os atuais vereadores Manoel Bento (PT), com 2.615, e Adilson Mariano (PSOL), com 2.255, também não conseguiram se eleger, tampouco ficar com vagas de suplência.
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Vale destacar que o quociente partidário é o que define o número de vagas que caberá a cada partido ou coligação que alcançou o quociente eleitoral. Nas eleições de 2012, Patrício Destro (PSB) elegeu-se para o segundo mandato de vereador e, dois anos depois, candidatou-se e foi eleito deputado estadual, abrindo vaga para Zilnety Nunes (PSD), a primeira suplente da coligação.