Trabalhadores em situação análoga à escravidão regatados em vinícolas do Rio Grande do Sul relataram agressões com choques elétricos pelos empregadores. As declarações foram feitas durante o programa Globo Rural, neste domingo (5).

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A situação veio à tona depois que vítimas conseguiram fugir do alojamento onde eram mantidas em condições desumanas e pedido socorro em um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Após a fuga, o Ministério do Trabalho e a Defensoria Pública da União resgataram outros 208 trabalhadores contratados na Bahia por uma empresa terceirizada para ajudar na temporada de colheita das uvas.

Em Santa Catarina, Pedro Augusto Oliveira de Santana, preso em flagrante por manter 207 trabalhadores em situação análoga ao trabalho escravo em vinícolas de Bento Gonçalves (RS) já teve uma de suas empresas investigada por crimes semelhantes em Santa Catarina. O episódio catarinense partiu de uma denúncia de 2015 e foi arquivado dois anos depois, devido à prestadora de serviços já não atuar na região em que o Ministério Público do Trabalho (MPT) havia sido acionado.

As suspeitas eram parecidas aos fatos flagrados agora em Bento Gonçalves, oito anos depois, com trabalhadores de uma outra empresa de Pedro Augusto, a Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde LTDA.

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