Passada a eleição e faltando ainda um bom caminho até a Copa do Mundo, um assunto mobiliza a opinião pública no Brasil hoje: quem matou Max?
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O mistério em torno do assassinato do personagem de Marcello Novaes em Avenida Brasil ganhou proporções inacreditáveis, saindo das salas de estar e das redes sociais para se infiltrar até pelos corredores da lei. Afinal de contas, crime é crime e merece ser investigado…
Especulações na internet apontam a vilã Carminha (Adriana Esteves) como a assassina, mas, em se tratando da trama de João Emanuel Carneiro, nada é garantido. Com a experiência de ter passado três anos à frente da Delegacia de Homicídios, o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos de Porto Alegre, explica que a linha de investigação de um assassinato começa pelo estudo do perfil da vítima e suas ligações pessoais. No caso de Max, há pelo menos uma meia dúzia de possíveis suspeitos – todos com algum bom motivo para dar cabo do gigolô. Mas Ferreira aposta em Santiago (Juca de Oliveira), o pai de Carminha:
– Ele é o mentor de toda a trama e responsável pelos últimos desencadeamentos. Mas o que me leva a crer que Santiago é o assassino é o fato de que a morte do Max é semelhante à da mulher dele: ele mata de maneira a outra pessoa levar a culpa. É uma repetição de modus operandi – avalia.
Santiago também é o principal suspeito dos advogados criminalistas Bernardo de Azevedo e Souza e Diogo Machado de Carvalho. Para eles, percebe-se um crescente de agressividade no pai de Carminha desde que este surgiu na trama – tanto que, na tentativa de ocultar seu passado criminoso, no episódio da última terça-feira, ele matou Nilo (José de Abreu) com requintes de crueldade. Matar Max, portanto, seria mais uma queima de arquivo:
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– Max fora amante e cúmplice de Carminha a vida toda. Assim, para evitar que Max lhe prejudicasse num futuro próximo, Santiago decidiu matá-lo assim que teve a oportunidade – sugere Souza, apontando ainda que, a princípio, trata-se de um homicídio duplamente qualificado, uma vez que Max foi golpeado pelas costas sem condição de se defender.
Já o promotor de Justiça David Medina da Silva, Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, prefere um caminho alternativo. Fã da novela, ele utiliza muito do conteúdo da novela de João Emanuel Carneiro em suas aulas e palestras, por considerá-la bem embasada na realidade. Entretanto, para o grande mistério, Silva confia na capacidade do autor em fugir do óbvio e surpreender o público.
– A trama nos dá vários suspeitos, mas eu ficaria com o Jorginho, porque aí teríamos um desfecho bem freudiano. Ele é uma pessoa boa, não tem perfil de um assassino, mas sofreu ao longo da novela e, num ato de desespero, poderia matar o próprio pai, responsável por muito da sua dor – acredita.