Os vetos mantidos dentro do projeto do Ato Médico foram comemorados pela enfermagem gaúcha. Representando cerca de 20 mil profissionais, a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado (Sergs), cláudia Santos, afimou entender que é a vitória da saúde, e não de uma categoria:

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– Quem ganha é o usuário do sistema de saúde como um todo, principalmente os da saúde básica, cujo objetivo principal é a prevenção de doenças. Não se precisa de médico para tudo, a saúde é mais ampla do que a atuação de uma categoria somente.

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Segundo Cláudia, a categoria dos trabalhadores da saúde “inclui os médicos, não é só de médicos”, ideia fortalecida com a manutenção dos vetos.

A decisão também foi comemorada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Na avaliação do presidente da entidade, Osvaldo Albuquerque, “os parlamentares tomaram o remédio da lógica e da razão”. Em nota, ele destacou que deputados e senadores “votaram em favor do modelo de saúde consolidado como o melhor do mundo, ao favorecer a integralidade da saúde nos princípios da universalidade e equidade, respeitando a multidisciplinaridade e o cuidado interdisciplinar”.

Já o Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou nota nesta quarta-feira em que comemora a medida. A entidade classificou a decisão dos parlamentares como uma “vitória do esforço e dedicação” da categoria, composta por 235 mil profissionais. “Com os vetos, prova-se possível que a atividade dos médicos seja regulamentada, sem que isso interfira de forma perniciosa na atuação de outros profissionais que se orgulham por participar da construção diária de uma saúde multiprofissional”, diz a nota do CFP.

Sessão

A votação foi feita por meio de cédula única, em que os parlamentares marcaram se aceitavam ou não os vetos do Executivo, relacionados a quatro textos aprovados pelo Congresso. É necessário o apoio de 257 deputados e 41 senadores para derrubar um veto.

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Outra sessão do Congresso já foi marcada para o dia 17 de setembro, para a análise de outros vetos que até lá trancarão a pauta, por excederem prazo de 30 dias para votação, de acordo com novas regras definidas por líderes partidários em julho.