Não precisa ser fã de basquete para conhecer o nome de Kobe Bryant. Mas, para quem acompanha o esporte, esse é muito mais do que apenas um nome: jogador que fez sua carreira como ala-armador do Los Angeles Lakers, time que integra a National Basketball Association (NBA), Kobe foi um dos grandes atletas do basquete, conquistando cinco títulos com sua equipe e duas medalhas de ouro olímpicas. Vítima de um acidente de helicóptero na Califórnia, o jogador faleceu em janeiro de 2020, deixando um grande legado para o basquete e sua marca na história do esporte.

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Nascido em 23 de agosto de 1978, na cidade da Filadélfia, Kobe Bean Bryant demonstrou desde cedo a paixão pelo esporte que moldaria sua vida. Sua família já tinha ligações com o basquete: seu pai, Joe “Jellybean” Bryant, era jogador profissional e teve uma carreira sólida na NBA. Desde muito jovem, Kobe começou a aprender as nuances do jogo e desenvolveu suas habilidades nas quadras da Itália, para onde sua família se mudou quando ele tinha apenas seis anos.

Entrada na NBA

Ao retornar aos Estados Unidos, Kobe frequentou a Lower Merion High School, onde rapidamente se destacou como uma estrela em ascensão. Seu talento era inegável e, em 1996, tomou a decisão de não ir para a universidade e se declarar elegível para o Draft da NBA diretamente do ensino médio.

O draft é um evento anual no qual as equipes da liga escolhem novos jogadores para se juntarem às suas fileiras. Realizado no final da temporada regular, é projetado para proporcionar igualdade competitiva entre as equipes, permitindo que aquelas com desempenho inferior tenham a oportunidade de selecionar jovens talentos promissores. O draft não apenas introduz novos talentos na liga, mas também cria uma atmosfera emocionante, cheia de antecipação e expectativa, à medida que jogadores jovens veem seus sonhos se concretizarem ao serem escolhidos por uma equipe da NBA.

Kobe foi a 13ª escolha geral do Charlotte Hornets, equipe do estado da Carolina do Norte. Porém,  uma troca orquestrada pelos Los Angeles Lakers colocou o jovem prodígio na costa oeste. Com apenas 18 anos, o atleta entrou na NBA e rapidamente ganhou a reputação de ser um dos jogadores mais trabalhadores e dedicados da liga. Seu apelido “Black Mamba” refletia sua mentalidade focada e sua determinação em quadra.

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No comando dos Lakers

Ao lado de outro grande nome do basquete, o jogador Shaquille O’Neal, Kobe formou uma das duplas mais formidáveis da história da NBA. Juntos, eles lideraram os Lakers a três títulos consecutivos da NBA entre os anos de 2000 e 2002.

Após a ida de O’Neal para o Miami Heat, em 2004, Kobe se tornou uma força singular, conduzindo os Lakers com performances espetaculares. Em 2006, marcou incríveis 81 pontos em um jogo contra os Toronto Raptors, um feito que permanece como o segundo maior número de pontos marcados em um único jogo na história da NBA.

Os anos seguintes foram de renascimento dos Lakers, sob a liderança de Kobe. Em 2008, ele levou a equipe a outra final da NBA, enfrentando os Boston Celtics em uma série épica. Embora tenham perdido, a derrota serviu de impulso para o que foi o ponto alto de sua carreira: em 2009 e 2010, os Lakers conquistaram dois títulos consecutivos e Kobe foi nomeado “Most Valuable Player” (MVP, jogador mais valioso) das finais em ambas as ocasiões, solidificando seu status como um dos maiores da história do basquete.

Vida pessoal

No entanto, a carreira de Kobe Bryant não foi apenas marcada por vitórias e conquistas. Ele enfrentou adversidades pessoais, incluindo contusões graves que desafiaram sua resistência. Sua dedicação à recuperação e seu retorno apenas aumentaram a mitologia em torno dele. Além das habilidades atléticas, Kobe também se destacou como um líder e mentor para jogadores mais jovens, servindo como exemplos para a próxima geração de estrelas da NBA.

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Fora das quadras, Kobe explorou seus interesses em cinema, vencendo um Oscar em 2018 por seu curta-metragem animado “Dear Basketball”. Sua transição para a vida pós-basquete mostrou a versatilidade do atleta e a capacidade de reinvenção. Seu impacto vai além das quadras, sendo lembrado não apenas como um dos maiores jogadores de basquete, mas como um símbolo de perseverança e excelência.