É muito comum ouvir notícias sobre startups e empresas de tecnologia que fazem captação de recursos junto a investidores e grandes fundos de investimentos. Gostaria de ouvir ainda mais notícias sobre o tema, mas precisamos ter claro que, a cada rodada desse tipo, o empreendedor entrega uma parte do seu negócio. Isso faz todo sentido em alguns momentos de uma empresa, mas depois que ela já está consolidada, outras fontes de recursos são mais adequadas.
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Imagine uma indústria de médio porte, consolidada no seu mercado… como ela financia seus projetos? Para essas empresas, o mais comum é se financiar com recursos do próprio caixa ou assumir financiamentos e bancá-los com os lucros da operação.
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Quando se trata de projetos em que o objetivo está claro e já há caminhos conhecidos para alcançar, fica fácil avaliar as projeções futuras em comparação com os investimentos necessários, mas quando se trata de projetos inovadores, que envolvem alto grau de incerteza, a tarefa complica um pouco (ou muito!).
Muitas empresas sacrificam os recursos de capital de giro para financiar seus projetos, bancando equipes, materiais para protótipos, pesquisas de mercado, materiais de propaganda e mais uma lista extensa de gastos que compõem o desenvolvimento de uma inovação e seu lançamento no mercado. Mas temos outras alternativas.
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Felizmente, os governos têm interesse que as empresas invistam em inovação e promovam saltos de qualidade e competitividade no mercado. Para isso, existem mecanismos que merecem ser conhecidos pelas empresas:
No âmbito nacional, por exemplo, temos recursos da FINEP e do BNDES para financiar projetos de inovação e modernização. As taxas são bastante interessantes e os prazos de carência são suficientes para financiar o tempo de desenvolvimento e lançamento. Como destaque, temos o Inovacred, com taxas a partir de TJLP + 1% a.a. , 24 meses de carência e isento de IOF. Não conheço recurso mais barato no mercado, no momento!
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Em Santa Catarina, também temos o PRODEC, que pode reverter os investimentos em postergação por 4 anos de parte do ICMS incremental das empresas após a implantação dos projetos. Em ano de recuperação de mercado, como este, pode ser especialmente interessante iniciar o processo. Se o projeto for numa cidade com IDH abaixo da média estadual, além da postergação ainda existe a possibilidade de ter desconto no saldo a pagar.
Além destes, vale investir um tempo para pesquisar Lei do Bem, Lei da Informática, leis municipais de atração de investimentos e ficar de olho nos editais de recursos de subvenção… mas é importante observar: os impostos precisam estar em dia, pois os recursos incentivados são uma espécie de contrapartida para empresas que privilegiam o cumprimento das suas obrigações com o governo.
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Inovar é desafiador, mas pode ser transformador para a empresa e a região, por isso, há recursos e incentivos públicos para apoiar os projetos da área. E eles podem ser surpreendentemente bons! Consulte sua rede, os bancos de fomento, sua associação empresarial, a secretaria de desenvolvimento da sua região. Combinando o potencial da inovação e todos os incentivos disponíveis, o resultado pode ser melhor que o planejado!
*Por Ilisangela Mais
Mentora do Centro de Inovação Blumenau, proprietária da Prana Inovação e Recursos e Diretora para Assuntos de Inovação da ACIB