O brigadista florestal Uellinton Lopes dos Santos, de 39 anos, foi encontrado morto carbonizado na manhã desta segunda-feira (26). O homem estava desaparecido desde o domingo (25), enquanto trabalhava combatendo o fogo na região da Terra Indígena Capoto/Jarina, no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso. As informações são do g1.

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Uellinton trabalhava para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Seu corpo foi encontrado a cerca de um quilômetro de uma linha de defesa contra o fogo. A morte do brigadista foi confirmada na tarde desta segunda (26) pelo Ibama e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

Um amigo da vítima, Bruno Medeiros, disse ao g1 que o brigadista era uma pessoa divertida e sorridente.

— Era nosso amigo de futebol, todos na Vila Basevi [condomínio de Sobradinho, no DF] o conheciam como Eltinho. Ele já era brigadista há anos, um cara experiente, amava o que fazia, estava sempre disposto a cumprir a missão de apagar os incêndios por aqui — conta o amigo.

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Uellinton pertencia ao quadro de brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto. Ele foi contratado pelo PrevFogo em 2024 e integrava a Brigada Pronto Emprego de Brasília.

Antes da Prevfogo, Uellinton trabalhou como brigadista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em nota, o Ibama e o MMA disseram que “prestam toda assistência, solidariedade e apoio à família do brigadista”.

Fogo no Xingu

A situação na terra indígena do Xingu se agravou nos últimos 10 dias. A região tem 2,8 milhões de hectares que abrigam 16 povos indígenas de diferentes idiomas. Segundo o Instituto Raoni, cerca de 635 mil hectares estão queimando, o que corresponde a uma área maior do que o Distrito Federal.

Atualmente, 42 brigadistas atuam no combate ao fogo na reserva, sendo que metade deles são indígenas. O instituto pediu ao Ibama que mais brigadistas sejam enviados até o local.

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*Sob supervisão de Andréa da Luz

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