Morta em confronto com a Polícia Miliar, uma das criminosas mais procuradas do Rio de Janeiro chegou a ser cantora evangélica na adolescência, época em que tentou deixar o mundo das transgressões para trás. Ainda bastante jovem, Rayane Nazareth Cardozo da Silva, a “Hello Kitty”, praticou assaltos junto com o namorado, vendeu drogas e iniciou a trajetória que a levaria ser um dos principais nomes da maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

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Também apelidada de Dama do Comando Vermelho, a traficante de 21 anos era conhecida por ostentar fotos com armas de grosso calibre, como fuzil, nas redes sociais e por debochar da polícia em suas publicações, onde afirmava que nunca seria presa. Era ela, também, segundo a polícia, o braço direito do chefe do tráfico de drogas do Salgueiro.

Criada no Morro da Ilha da Conceição, em Niterói, Rayane tentou deixar o crime e passou a frequentar uma igreja evangélica em 2015, onde cantava louvores durante os cultos. Tinha, inclusive, uma tatuagem escrito “fé em Deus” em um dos braços.

À época, em uma de suas postagens, escreveu: “antes, andava de pistolas e fuzis, mas agora minha arma é minha Bíblia. Muitos não acreditam em Deus, mas Ele é capaz de mudar a sua vida como mudou a minha”. Logo depois engravidou do filho que tem, hoje, 4 anos. 

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A vida fora da criminalidade, no entanto, não durou muito e ela voltou a roubar com o namorado em 2018, quando se tornou alvo da polícia e foi presa, por poucos dias, por tráfico de drogas. Na época, a jovem circulava na garupa de uma moto preta, pilotada por seu namorado e cúmplice. 

Depois que o comparsa dela foi morto em Minas Gerais, se tornou segurança armada do tráfico. Já com fama no mundo do crime e figura presente nos bailes funks, Hello Kitty chegou a ser citada em “Tropa da Nova Grécia”, um proibidão (funk para maiores de 18), em que era gerente do tráfico. A letra faz apologia ao tráfico e fala de planos do Comando Vermelho para invadir outras comunidades de São Gonçalo. 

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Hello Kitty também era conhecida como
Hello Kitty também era conhecida como “Dama do Comando Vermelho” (Foto: Divulgação/Redes Sociais)

Rayane também tinha uma tatuagem em homenagem a Vinte Anos, o líder do tráfico na comunidade onde vivia, no braço. Os dois se tratavam como pai e filha, embora não tivessem qualquer parentesco. 

Mais recentemente, ela namorava uma mulher, a DJ Isa, que lamentou sua morte nas redes sociais.

Há duas semanas, Rayane disse querer largar as armas e pediu ajuda ao líder comunitário da região, conhecido como Tchetcheco Trindade:

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– Ela queria se entregar, ser presa, para depois viver uma vida normal. Mas disse que não queria ir sozinha porque tinha medo da polícia matar ela – conta.

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Mas, segundo ele, amigos de Rayane a desmotivaram, dizendo que não tinha mais solução, que seria presa e voltaria para o crime. 

– Ela sempre gostou da igreja, de gospel. A pastora dizia que ela ainda ia contar seu testemunho, mas aí aconteceu isso. Infelizmente tem amigos piores do que inimigos – concluiu, diz Tchetcheco.

Acumulava sete processos criminais no Tribunal de Justiça do Rio por tráfico e roubo majorado -com emprego de violência e arma de fogo. Chegou a ser condenada por roubo em ao menos duas dessas ações e tinha seis mandados de prisão preventiva em aberto.

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