Professora, mãe e atuante da luta contra a violência à mulher. Alessandra Abdalla, de 45 anos, foi morta a tiros quando chegava ao trabalho na manhã desta quinta-feira (24), no Núcleo de Educação Infantil Tapera, em Florianópolis. Segundo a Polícia Civil, o companheiro da mulher é o principal suspeito do crime. A vítima já tinha medida protetiva contra o homem.
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Alessandra atuava como professora auxiliar na prefeitura da Capital desde fevereiro de 2014, e há oito anos estava alocada na creche do Sul da Ilha. Segundo a Secretaria de Educação, ela deixa uma filha de 21 anos.
— Uma mulher de atitude. Sempre feliz, ativa, dinâmica e para frente — afirmou a diretora do Núcleo de Educação Infantil Tapera, Andrea Fernandes.
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O feminicídio chocou a comunidade escolar, que se posicionou em nota sobre a morte da professora. “Estamos muito abalados com um ato monstruoso como este”, escreveu o secretário de Educação do município, Maurício Fernandes.
Pela internet, Alessandra Abdalla era atuante da luta contra a violência da mulher e outras causas sociais.
“Se fere minha existência, serei resistência”, escreveu ela em uma de suas redes sociais.
Segundo testemunhas, Alessandra teria descido do ônibus próximo à creche, por volta das 7h30min, quando foi alvejada a tiros.
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— Ela estava aflita e com medo nos últimos dias — afirmou a diretora.
Conhecidos e colegas publicaram nas redes sociais diversos comentários sobre a morte da educadora. A creche onde ela trabalhava suspendeu as atividades nesta terça-feira.
“Era uma ótima professora, foi professora do meu filho. Que Deus a receba e que a justiça seja feita!”, escreveu Narayana Leon.
“A categoria está em luto”, comentou uma colega.
Em outra mensagem, uma amiga comentou o momento e prestou solidariedade à família.
“Meu coração está despedaçado, sangrando de dor. Que Deus a receba com muita luz e dê muito conforto aos familiares”, escreveu.
*Sob supervisão de Jean Laurindo
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