O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, alvo da CPI mista de 8 de janeiro, para quem prestou depoimento em julho deste ano, foi preso preventivamente em operação da Polícia Federal no dia 9 de agosto. A investigação apura suposta interferência no segundo turno das eleições presidenciais por meio de blitze da PRF.

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Silvinei ficou conhecido após comandar a PRF durante o governo Bolsonaro e se envolver em polêmicas na reta final do mandato do ex-presidente. Nas eleições de outubro, ele foi questionado porque a corporação teria feito blitze em ônibus com eleitores no dia do segundo turno, em estados do Nordeste que teriam dado maioria de votos ao atual presidente Lula (PT).

As operações em rodovias no dia da votação haviam sido proibidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na véspera do segundo turno. Na mesma data, Silvinei também havia postado em uma rede social mensagem em que pedia voto ao ex-presidente Bolsonaro.

Nos meses após a eleição, ele também teve a atuação contestada por suposta omissão da PRF no combate a bloqueios em rodovias federais promovidos por bolsonaristas radicais, descontentes com o resultado das urnas.

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Silvinei também respondeu a um inquérito por uma suposta agressão a um frentista após uma briga por causa de uma lavação de carro na cidade de Cristalina, em Goiás, no ano 2000. Ele foi condenado pela Justiça Federal de Santa Catarina em 2017, mas desde então vem recorrendo da decisão que determinou indenização ao envolvido.

Relação com SC

Além das polêmicas na gestão Bolsonaro, Silvinei também tem forte relação com Santa Catarina. Ele é natural de Ivaiporã, no Paraná, mas atua como inspetor da PRF desde 1995 e chegou a ser superintendente da corporação em Santa Catarina e no Rio de Janeiro. Também foi secretário municipal de Segurança de São José, entre 2007 e 2008.

No fim de 2022, após se aposentar do cargo na PRF, Silvinei teve o nome cotado para assumir a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina no futuro governo de Jorginho Mello (PL), eleito com apoio de Bolsonaro. A indicação, no entanto, não se confirmou.

Segundo a plataforma Lattes, ele é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Direito pela Univali, em Segurança Pública pela Unisul e em Administração pela Udesc.

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