O ator e modelo catarinense Ricardo César Merini, de 37 anos, que foi encontrado morto no Centro de São Paulo, era natural de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. Ele iniciou no mundo da moda ainda jovem, quando começou a participar de concursos de beleza e logo se mudou para a capital paulista. Desde então, estrelou campanhas publicitárias e editoriais em diversas revistas do ramo.
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A carreira de ator veio depois dos trabalhos como modelo, ao fazer uma formação técnico-profissionalizante de teatro na Escola Célia Helena, em São Paulo. Ele também estudou atuação para TV e cinema com Fernando Leal e dança contemporânea com Marina Caron.
No cinema, Merini atuou nos curtas-metragens “Noite na Taversa”, “Asco” e “O Coração do Principe”. Ele ainda participou da websérie “Halls Sensação que Inspira” e encenou a peça “Terror e Miséria no Terceiro Reich” no teatro. O ofício de ator era o que mais agradava o artista catarinense.
— Tem várias profissões que já tive, já fiz de tudo nessa vida. Eu já fui tecelão, cartorário, modelo, [motorista de] Uber, representante comercial, tudo isso. Mas o meu maior sonho, o que mais me realiza mesmo é dar vida a esses personagens — afirmou Merini, em vídeo de apresentação do ano passado.
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Por pessoas próximas, o ator era descrito como alguém querido por todos e divertido, de “riso fácil”.
— Uma simpatia de pessoa, um amor. Uma pessoa do bem mesmo, muito do bem — relatou uma amiga de infância de Ricardo, Gabriela Vasselai, com quem estudou no ensino fundamental, ao g1 SC.
Veja fotos do ator e modelo catarinense
Ricardo foi encontrado no Centro de SP
A amiga contou também que Merini chegou a voltar a morar em Santa Catarina, mas depois retornou a São Paulo. Na capital paulista, ele era dado como desaparecido desde o dia 21 de outubro, após ter sido visto com vida pela última vez no bairro da Bela Vista, também na região central.
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Ricardo tinha acabado de chegar de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Vídeos gravados por uma câmera de segurança mostram quando ele chega ao prédio em que morava, às 21h47min daquele dia, e quando sai do apartamento, às 23h36min. Ele trocava mensagens pelo celular com um amigo que morava próximo ao local para que pudessem se encontrar, o que não chegou a ocorrer.
O corpo de Ricardo foi achado no Terminal Bandeira, no Centro, no dia 22, mas só foi identificado neste sábado (28), pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), com a análise das digitais.
O g1 noticiou que um Boletim de Ocorrência sobre o resgate do corpo de Ricardo indicava morte com sinais de suicídio. A causa da morte, de acordo com o médico legista, foi traumatismo craniano.
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