Padre Júlio Lancellotti, uma figura famosa por atuar na defesa dos mais vulneráveis, é amplamente reconhecido por seu trabalho com pessoas em situação de rua, crianças e adolescentes em São Paulo. Nascido em 27 de dezembro de 1948, no bairro do Belém, em São Paulo, ele é filho de Wilma Ferrari e Milton Fagundes Lancellotti.

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Ao longo de sua trajetória na Igreja Católica, o padre se destacou por seu trabalho com pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente pessoas em situação de rua. Com atuação pautada pelo serviço ao próximo, ele é uma voz ativa em debates sociais, sempre buscando chamar a atenção para as injustiças enfrentadas pelos mais pobres.

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Porém, com seu posicionamento firme, Lancellotti se tornou alvo de críticas e acusações, principalmente de grupos conservadores, que frequentemente tentam descreditá-lo.

Conheça a história do Padre Júlio Lancellotti

Infância e entrada na Igreja Católica

Filho de uma família tradicional italiana, Lancellotti cresceu em um ambiente católico, o que desde cedo influenciou sua escolha pelo sacerdócio. A educação religiosa e os valores de compaixão e solidariedade foram centrais em sua formação.

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Ele ingressou no seminário na juventude e foi ordenado padre em 1985, aos 37 anos, após ter trabalhado como professor e se dedicado a causas sociais ainda como leigo. Sua trajetória na Igreja é marcada por uma intensa dedicação a projetos que beneficiam as camadas mais desfavorecidas da sociedade, o que moldou sua atuação ao longo das décadas seguintes.

A partir de 1993, ele começou a liderar a Pastoral do Povo de Rua, da Arquidiocese de São Paulo, onde desempenha um papel fundamental na luta pelos direitos e dignidade dos moradores de rua, oferecendo suporte material, espiritual e emocional a quem mais precisa.

Principais polêmicas envolvendo Padre Júlio Lancellotti

Acusações de abuso sexual e extorsão

Em 2007, Padre Júlio foi acusado de abuso sexual por Anderson Marcos Batista, um ex-interno da FEBEM, e sua esposa Conceição Eletéreo. No entanto, ficou comprovado que a acusação era parte de um esquema de extorsão contra o padre, que chegou a pagar R$ 50 mil para não ser ameaçado. Em 2012, os acusadores foram condenados por extorsão​.

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Acusação de pedofilia

Em 2021, um vídeo divulgado por Arthur do Val, do MBL, alegava mostrar o padre envolvido em um ato sexual com menores. A perícia e investigações do Ministério Público concluíram que o vídeo era falso e as acusações foram arquivadas por falta de provas. Muitos acreditam que o caso foi uma tentativa de desmoralizar o padre por sua defesa de causas sociais​.

Atuação na Cracolândia

Lancellotti é uma figura ativa na defesa dos direitos das pessoas em situação de rua, especialmente na região da Cracolândia em São Paulo. Sua postura crítica às políticas de repressão policial na área e sua defesa dos dependentes químicos o colocaram em atrito com autoridades e segmentos da sociedade que consideram sua atuação como “incentivo” ao crime​.

Conflitos com a direita política

Padre Júlio frequentemente critica o governo e figuras políticas da direita brasileira, o que lhe rendeu opositores. Em várias ocasiões, foi alvo de campanhas difamatórias nas redes sociais, muitas vezes ligadas a grupos conservadores que o acusam de “comunismo” ou de apoiar ações ilegais por conta de sua defesa dos mais vulneráveis​.

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