O suspeito de ter assassinado a tiros o cliente de uma loja de conveniência de São José, na Grande Florianópolis, após uma discussão na noite do último sábado (28) é Lincoln Zaghi Junior, que segue foragido e afirmou à Polícia Civil, através de sua defesa, que irá se apresentar na tarde desta quarta (1º). Natural de Rondonópolis, em Mato Grosso, ele estava à frente do Grupo LK, com quatro salões de beleza de luxo localizados no próprio município em que ocorreu o homicídio e também na capital catarinense.
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Em nota conjunta nesta terça-feira (31), os salões dos quais Lincoln era sócio-administrador lamentaram o ocorrido e comunicaram terem desligado ele do grupo — os contatos do empresário seguem associados, no entanto, aos CNPJ’s de três das empresas. Um dos salões, chamado Le Baron e praticamente em frente ao bar em que o suspeito cometeu o assassinato, foi alvo de protesto de familiares e de amigos da vítima na segunda (30).
Lincoln também atuava com vendas online e prometia ganhos de até R$ 200 mil por mês com esse mercado ao oferecer o curso pago “O Segredo do Sucesso”, tema sobre o qual também tratava no Instagram e no YouTube. Após a ocorrência em São José, no entanto, a conta dele na primeiras dessas redes sociais foi retirada do ar, enquanto o canal de vídeo teve publicações removidas.
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O empresário ainda aparece no Portal da Transparência, do governo federal, como beneficiário do auxílio emergencial, tendo recebido R$ 5.250,00 divididos em 15 parcelas.
Na ocasião em que comunicou o assassinato, a Polícia Militar informou que Lincoln já tinha passagens anteriores por lesão corporal, ameaça, injuria, calúnia, difamação, descumprimento de medida protetiva de urgência e desacato. Agora ele é investigado pela Polícia Civil por homicídio doloso.
As autoridades também devem apurar se o empresário portava a arma de fogo utilizada no crime ilegalmente, o que foi comunicado à Polícia Civil pela própria defesa do suspeito. O artefato não foi entregue, no entanto, para perícia nem foi informado se estava em nome de alguém.
O advogado Bruno Gastão da Rosa, que se apresenta como representante da defesa de Lincoln, afirmou que o cliente agiu em legítima defesa. Ainda à reportagem, ele disse que o empresário não tem interesse em se manter foragido, mas, sim, em esclarecer os fatos. Acrescentou que o suspeito não se apresentou ainda por estar em estado de choque e por temer pela própria integridade física.
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