Foi preso nesta quarta-feira (26) o general Juan José Zuñiga, suspeito de arquitetar a tentativa de golpe de estado na Bolívia. A prisão ocorreu horas depois que tanques de guerra e militares tomarem o palácio presidencial do país, na capital La Paz, nesta tarde. Após o ocorrido, o presidente do país, Luis Arce, afirmou que as Forças Armadas estariam fazendo “mobilizações irregulares”. Já o ex-presidente Evo Morales falou em “golpe de Estado”.
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De acordo com informações do g1, Zuñiga ocupava o cargo de comandante-geral do exército boliviano, mas foi destituído do cargo após afirmar que prenderia Evo Morales caso o político voltasse a se eleger nas eleições de 2025.
O general ocupava o cargo máximo do Exército na Bolívia desde 2022. Na época, ele já tinha uma relação conflituosa com Morales, que o tinha apontado como integrante de um grupo de militares especialistas em escutas telefônicas e monitoramento pessoal.
Ainda conforme reportagem do g1, Zuñiga já foi acusado de envolvimento em escândalos de corrupção. Segundo o jornal boliviano El Deber, por conta do caso, ele foi sancionado com sete dias de prisão.
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Zuñiga também já foi acusado de envolvimento em escândalos de corrupção, segundo o jornal boliviano El Deber. Por conta do caso, o general foi sancionado com sete dias de prisão.
Tentativa de golpe de estado, diz ex-presidente
Segundo testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters, um tanque do Exército teria sido visto entrando no palácio presidencial, na capital La Paz. Algumas unidades do Exército também teriam sido vistas agrupadas em praças da capital boliviana nesta quarta-feira. Imagens de agências de notícias mostram militares fazendo a guarda do palácio na tarde desta quarta.
O ex-presidente Evo Morales acusou o general Juan José Zuñiga de estar envolvido na suposta articulação militar para um possível golpe de Estado no país. já o presidente Luis Arce também respondeu às investidas militares em uma declaração: “A democracia deve ser respeitada”.
Vídeos divulgados ao longo da tarde mostram um tanque tentando invadir o palácio e militares em frente do prédio, em uma praça da capital La Paz. Outra gravação mostra o presidente Luis Arce discutindo com o comandante do Exército, general Juan José Zuñiga.
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Em um pronunciamento mais tarde, Arce destituiu o comandante, que segundo ele seria o responsável pela tentativa de golpe.
No início da noite, os tanques e militares começaram a deixar a praça em frente ao palácio presidencial. Segundo o embaixador do Brasil na Bolívia, Luiz Henrique Sobreira, o recuo significaria que a tentativa de golpe teria fracassado.
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