A vítima assassinada a tiros por um empresário de salões de beleza de luxo na noite deste sábado (28) após uma discussão em frente a uma loja de conveniência de São José, na Grande Florianópolis, é Utan Guaraçai da Rosa Camargo, de 38 anos. Natural de Cachoeira do Sul, município do Rio Grande do Sul, ele trabalhava como garçom no Balcão Mané, restaurante do Mercado Público de Florianópolis.
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O estabelecimento do qual Utan era funcionário não abriu nesta segunda-feira (30), em luto pelo assassinato, e publicou uma homenagem no Instagram. Ainda pelas redes sociais, amigos descreveram, entre publicações de lamento, a vítima como uma pessoa simples e de bom coração.
Irmã de Utan, Andreia Camargo afirmou, em entrevista ao g1 SC, que ele era o porto seguro da família. Dois dias após o assassinato, ela organizou um protesto em frente a um dos salões de Lincoln Zaghi Junior, o empresário apontado como o autor dos disparos contra o garçom.
— Ele era muito amado e muito família. Amava os cachorrinhos dele e o time dele, o Grêmio — disse Andreia sobre o irmão, que deixou a esposa e um filho de 12 anos, do primeiro casamento.
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O velório do corpo de Utan teve início às 15h desta segunda, no Crematório Catarinense, em Palhoça. Já a cerimônia de sepultamento estava marcada para as 18h.
Como foi o assassinato
Utan foi morto após interceder pelo dono de uma loja de conveniência em São José durante uma discussão com o suspeito do crime na noite do sábado.
Segundo a mulher de Utan relatou à Polícia Civil, Lincoln teria entrado no estabelecimento para tirar satisfações em tom de ameaça com o proprietário do local, que, anteriormente, teria chamado a Guarda Municipal para multar o carro do suspeito por supostamente estar estacionado irregularmente em frente ao espaço. Conforme a Polícia Civil, o dono da loja de conveniência deu testemunho parecido.
Utan teria se manifestado então em apoio ao proprietário do bar, quando foi baleado. Um vídeo do momento da confusão e dos disparos foi cedido à reportagem pelo advogado Bruno Gastão da Rosa, que se apresenta como representante da defesa de Lincoln. Ele afirma que o cliente agiu em legítima defesa e que deverá se entregar à Polícia Civil na tarde da próxima quarta (1º).
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