O político Freddy Superlano, líder da oposição a Nicolás Maduro na Venezuela, foi preso nesta terça-feira (30), segundo informações divulgadas pelo partido dele, o Voluntad Popular. Nas redes sociais, a sigla publicou um vídeo em que o ativista é colocado à força em um carro. Outras imagens mostram ele se desfazendo de um celular antes de ser levado. Ainda não há detalhes sobre para onde ele foi levado. As informações são do portal Metrópoles.

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Freddy Superlano é ex-deputado, tem 47 anos, e fundou um partido do qual fez parte, o Barinas. Superlano é pai de seis filhos e casado com Aurora Silva.

Ele atuou por mais de 10 anos como professor na área de Engenharia de Sistemas e Educação. Desde 2015, substituiu no papel de líder da oposição o ex-candidato a presidente Juan Guaidó, ex-presidente da Assembleia Nacional, que pediu asilo nos Estados Unidos após relatar ameaças de morte.

Superlano chegou a concorrer ao governo de Barinas, em 2017, contra o irmão do ex-presidente Hugo Chávez, Argenis Chávez. Ele perdeu e, na ocasião, contestou os resultados da eleição.

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A prisão do líder da oposição ocorre no momento em que a Venezuela enfrenta uma série de protestos e reações da comunidade internacional em razão do resultado da eleição presidencial, que ocorreu no último domingo (28). O governo anunciou vitória de Nicolás Maduro, mas alguns países e moradores da Venezuela contestam os resultados apresentados, indicando que a vitória teria sido do candidato Edmundo González.

A eleição presidencial na Venezuela causou protestos no último domingo, com atos até mesmo em cidades de Santa Catarina, como Blumenau e Chapecó. Os manifestantes exibiam cartazes contra o atual presidente Nicolás Maduro.

Mortos e feridos em protestos

Segundo Organizações Não-Governamentais (ONGs) do país, ao menos quatro pessoas morreram até esta terça-feira (30) em protestos contra o resultado da votação que reelegeu Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. Conforme o procurador-geral do país, Tarek William Saab, ao menos 749 pessoas foram detidas.

Uma morte foi registrada em Yaracuy, Noroeste da Venezuela, mas as circunstâncias não foram informadas pela ONG Foro Penal, que confirmou a informação. Relatos da imprensa citam outras possíveis mortes. As vítimas seriam um adolescente de 15 anos e um estudante de 30 anos. Em uma manifestação em Maracay, um jornalista foi ferido na perna.

O ministro de Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse na segunda que 23 soldados das Forças Armadas foram feridos em confronto com manifestantes.

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