Aos 44 anos, Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, é médico e vereador no Rio de Janeiro pelo partido Solidariedade. Nesta quinta-feira (8/4), ele foi preso suspeito de participação na morte do enteado Henry Borel Medeiros, de 4 anos.

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Dr. Jairinho está no quinto mandato na Câmara dos Vereadores. Nas últimas eleições, no ano passado, o político conquistou 16 mil votos dos cariocas.

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Em 2004, Dr. Jairinho foi eleito pela primeira vez, aos 27 anos, e foi o vereador mais votado do PSC, com 24 mil votos. No pleito seguinte, em outubro de 2008, foi reeleito para o segundo mandato, com 23.880 votos.

Nesse período, Dr. Jairinho assumiu como principal desafio a luta por um ensino de qualidade no município do Rio, ao ser autor dos decretos que suspenderam a aprovação automática nas escolas da rede municipal. Ao assumir o cargo, o prefeito Eduardo Paes revogou a aprovação automática nos dois últimos ciclos do Ensino Fundamental.

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Entenda o caso

Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo o pai do garotinho, Leniel Borel, ele e o filho passaram, normalmente, o fim de semana juntos. Por volta das 19h do dia 7, o engenheiro o levou de volta para a casa da mãe do menino, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida. Ela mora com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).

Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.

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Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O garotinho morreu às 5h42, conforme registro policial registrado pelo pai da criança.

Segundo depoimentos prestados por Monique e Jairinho na 16ª DP, eles assistiam a uma série na televisão, quando, por volta das 3h30, encontraram Henry caído no chão, com mãos e pés gelados e olhos revirados. Ambos alegam acidente doméstico.

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Laudo mostra lesões graves

O laudo de exame de necropsia no corpo de Henry foi o principal ponto de partida para a investigação sobre a morte do menino de 4 anos. Assinado pelo perito Leonardo Huber Tauil do Instituto Médico-Legal (IML), o documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, revela que o garoto morreu por hemorragia interna, laceração hepática por ação contundente, como socos e pontapés.

Foram identificadas múltiplas lesões nos rins, pulmões, nas costas e na cabeça. Depois de ouvir 17 testemunhas, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conta ainda com uma força-tarefa com peritos que ainda está debruçada em analisar 11 celulares e três computadores, apreendidos no último dia 26, de Monique, Jairinho e do pai de Henry, Leniel Borel. Investigadores tentam recuperar mensagens apagadas dos celulares do casal, que teriam sido apagadas na noite da morte da criança.

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