Ao lado do governador Carlos Moisés da Silva pela primeira vez desde que iniciou a pandemia do coronavírus, o médico André Motta Ribeiro foi apresentado nesta segunda-feira (4), em coletiva de imprensa, como o novo secretário de Saúde de Santa Catarina. O anúncio foi feito logo depois que a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) recusou o convite para comandar a pasta.

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Já conhecido no governo de Moisés, o até então secretário-adjunto da pasta conhece o desafio que vai encarar tão logo seja nomeado, possivelmente nessa terça-feira (5), mas traz consigo a proposta de continuidade no trabalho de enfrentamento ao vírus:

– Vamos continuar com tudo que foi construído e muito bem construído, e espero poder corresponder a altura esse desafio. Estive reunido mais uma vez com todos os profissionais que integram a pasta e que vão seguir ao meu lado.

Servidor de carreira no Estado, Ribeiro trabalhou no setor de emergência do Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, e na coordenação do Samu estadual. Antes disso, já havia atuado a Secretaria Municipal de Saúde da Capital e também fez parte do quadro de profissionais da Saúde em São José.

Formado em medicina pela Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, tem em seu currículo especializações em administração hospitalar, medicina de urgência e emergência, clínica médica e medicina de família e comunidade e foi elogiado pelo governador de Santa Catarina durante sua apresentação.

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– Ele tem envergadura necessária para dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo feito nesse momento tão importante. Ele toca com a mesma equipe e grupo de trabalho, numa pasta muito ampla, muito grande e uma das que mais movimenta recursos públicos no nosso estado – disse.

Saída de Zeferino era necessária, mas não deve conter crise política do governo Moisés

Moisés também acrescentou que Ribeiro seguirá no cargo, ao menos, até o fim da pandemia do coronavírus e afirmou, quando questionado, que não há novos nomes estudados pelo Estado para representar a pasta.

Após polêmica dos respiradores

O ex-secretário de Saúde, Helton Zeferino, pediu demissão do cargo na quinta-feira (30), após a polêmica compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões. O valor foi pago adiantado pelo governo do Estado, que ainda não recebeu os equipamentos. A última previsão é de que os aparelhos cheguem a Santa Catarina até 20 de maio.

Desde então, não havia se manifestado sobre a sua saída do Estado. Nesta segunda-feira (4), falou com exclusividade à NSC TV, quando confirmou ter autorizado a aquisição dos ventiladores mecânicos com dispensa de licitação, mas afirmou que não cabe ao secretário certificar a nota e confirmar o pagamento. Disse, também, que saiu espontaneamente para que o combate ao coronavírus não perdesse o foco, e defendeu que o processo de compra dos respiradores seja devidamente esclarecido.

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