A professora de Santa Catarina, Maria Garcia, é uma das participantes da sétima temporada de The Taste Brasil, o reality show culinário exibido pela TV Globo e pelo GNT. O programa estreou em 4 de outubro, e a chef acreana, mas que chama Florianópolis de casa há mais de 20 anos, segue na disputa. Os episódios de The Taste Brasil são exibidos às quintas-feiras no GNT, e às sextas na Globo e no Globoplay.
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Maria conquistou uma das 16 vagas no programa, e faz parte da equipe do chef Felipe Bronze. Além dele, os chefs Claude Troisgros, Manu Buffara e Manuelle Ferraz fazem parte da banca de jurados.
Ela conta que ter sido escolhida para a equipe de Bronze foi emocionante, já que, mesmo antes do reality, a acreana já o admirava.
— A cozinha dele me encanta — conta a professora.
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Ao fim dos dez episódios, com duas provas cada, o vencedor do reality conquista um prêmio de RS 100 mil.
Como ela conquistou uma vaga no reality
Maria conta que já havia sido convidada para se inscrever no programa no ano passado, mas por conta da correria do dia a dia, acabou negando. Este ano, o convite veio novamente, e ela resolveu dar uma chance ao reality.
Depois da inscrição, foi a vez de conquistar uma das 16 vagas no programa, entre 30 candidatos. Para garantir uma vaga na disputa, Maria elaborou uma lula braseada que conquistou o paladar do chef Felipe Bronze.
— A gente já está no terceiro episódio do reality e está sendo uma experiência única, muito legal mesmo, e desafiadora. Eu fui com a intenção de me conhecer, porque aqui na rotina, no nosso dia a dia, a gente nem consegue prestar atenção na gente mesmo. O reality faz com que você olhe para dentro e, faz você perceber o que é mesmo que você faz, qual o seu objetivo — conta.
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Pressão do reality
Estar em um reality show não é fácil, mesmo que, no caso do The Taste, não haja um confinamento longo. Mas a pressão vem do pouco tempo para realizar as provas, e também a distância da família. Maria tem duas filhas, uma de 4 anos e outra de 7, e ficar longe delas pesou no psicológico.
— Isso mexeu muito, pesou muito para mim também na minha decisão e na minha permanência lá. Você fica tanto pressionado de fazer as coisas certas, quanto de saber se a família está bem.
São cerca de 15 dias de gravações, para 10 episódios. Durante este período, Maria e os outros participantes ficaram em um hotel em São Paulo, convivendo com os chefs.
— A convivência com os outros chefs é o que mais que clareou a mente da gente. A gente consegue falar com os outros chefes de assuntos que a gente gosta, que é comida, gastronomia — revela.
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Mas as gravações são bem diferentes do dia a dia da chef: ela conta que, normalmente, é acostumada à correria da rotina, e, de repente, se viu em uma nova rotina de espera e dedicação. As provas levam uma hora, tempo em que os participantes precisam decidir e preparar o que será servido, com base no pedido dos jurados e dos ingredientes disponíveis.
— A pressão é muito grande, a preocupação de entregar certo, no tempo certo, de maneira correta, e que os chefes vão gostar — afirma.
Quem é a chef de SC
Maria do Nascimento Garcia nasceu e cresceu no interior do Acre, em uma família de colonos. O dia a dia na cozinha começou cedo, cozinhando para parentes e trabalhadores que prestavam serviços ao pai dela em época de colheita. Todo o alimento era cultivado no local, que ficava longe da cidade e não tinha energia elétrica.
Desde 2001, ela chama a Ilha de Santa Catarina de lar. Começou trabalhando como babá, mas o talento na cozinha chamou a atenção da mãe das crianças que Maria cuidava, e a incentivou a tornar essa sua profissão.
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Em 2009, ela concluiu a faculdade de Gastronomia e, em 2016, conseguiu a especialização em Gestão da Qualidade na Gastronomia.
Atualmente, Maria é professora de cozinha oriental e preparo prévio dos alimentos, técnicas culinárias, cozinha brasileira e cozinha mediterrânea na Faculdade Senac em Florianópolis.
Atualmente é professora das disciplinas de cozinha oriental e preparo prévio dos alimentos, técnicas culinárias, cozinha brasileira e cozinha mediterrânea na Faculdade Senac em Florianópolis. Além disso, faz parte do grupo de pesquisadores no projeto Kappaphycus alvarezii, uma parceria do Senac SC e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), que tem o objetivo de pesquisar com algas para uso na gastronomia.
Maria também é vencedora da etapa catarinense no Festival Enchefs, em 2022 e conquistou a medalha de Chef Golden 2024, da Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos para Negócios de Alimentação (Feal) de Santa Catarina, oferecida a personalidades que contribuem com serviço e produtos para o mercado da gastronomia brasileira. Ela também é chef executiva do restaurante Jardín Del Mar, na capital catarinense.
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Veja fotos da chef
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