Uma jovem modelo do interior de Santa Catarina já conquistou passarelas pelo mundo e foi capa de revistas famosas com apenas 19 anos. Nascida em Mafra, cidade com pouco mais de 55 mil habitantes, Lara Spoth mora hoje em São Paulo, já desfilou na Paris Fashion Week e estampou a capa da Vogue.
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Entre os principais trabalhos feitos pela catarinense estão os ensaios fotográficos que se tornaram capa nas revistas brasileiras Elle, Vogue, Bazar, e Numéro. A modelo também cita que já trabalhou com várias marcas famosas como Melissa, Arezzo, Schutz e Mondepars.
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Porém, um dos momentos mais especiais da carreira aconteceu neste ano. No fim de setembro, Lara foi chamada para modelar exclusivamente para a grife Valentino durante a Paris Fashion Week.
— Foi meu debut [primeira vez] e foi com uma das minhas melhores amigas, o que tornou tudo mais especial. Esse ano também passei dois meses no Japão, acho que foi a experiência mais incrível até hoje, um lugar que eu nunca nem me imaginei pisando e me apaixonei por tudo. É a realização de um sonho não tanto pela moda, mas por estar viajando o mundo, conhecendo culturas e fazendo conexões com pessoas diferentes o tempo todo, compartilhando histórias — conta a modelo.
Apesar de já ter vivido sonhos por meio da profissão, ser modelo nem sempre foi um desejo, conta a catarinense. Ainda em Mafra, aos 11 anos, começou a participar de agências por causa da família.
— Falavam desde pequena que eu tinha perfil para ser modelo, mas nunca tive interesse. Não era nada ligada à moda e só fui descobrir que existia fashion week quando cheguei em São Paulo. Fiz os castings sem nem entender o que estava fazendo — Lara conta rindo.
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A modelo conta que foi levada pela mãe para uma agência. Na época, ainda criança, lembra que foi “emburrada”, mas que com o tempo foi surgindo gosto pela coisa.
Em São Paulo há três anos e viajando o mundo constantemente, a jovem conta que a parte mais difícil é ficar longe da família e amigos
— Vejo de longe as crianças crescerem, os amigos com suas conquistas, os aniversários passarem. Mas, são escolhas. Também é ótimo voltar pra casa podendo presentear todo mundo. Não vejo a hora de poder voltar e estar presente — afirma.
Futuro na indústria da beleza
Depois de ter alcançado grandes voos, feito parcerias com grandes marcas, posado para revistas de renomes e desfilado internacionalmente, Lara foca na identificação com as marcas nas quais trabalha. Ou seja, se você está modelando para algum nome em específico, saiba que é porque ela acredita no projeto.
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— Acho que todas as marcas e revistas que mais sonhava em fazer pela grandiosidade eu já fiz, graças a Deus. Agora, gosto de fazer trabalhos nos quais me identifico com a marca. É isso que mantém minha paixão viva. Costumam ser marcas mais alternativas e independentes, que representam liberdade de todas as formas, me sinto livre pra criar “personas” para cada trabalho — explica.
Mas, nem tudo são flores. Apesar de todas as conquistas, das quais Lara se sente grata e feliz, a modelo ainda deseja que a indústria da beleza se transforme novamente e volte a dar um largo passo rumo à pluralidade.
Houve um período, Lara lembra, em que a diversidade estava sendo celebrada e as marcas obrigadas a contratarem pessoas e “corpos reais”, de diversas formas e tamanhos. Atualmente, porém, aponta que o padrão de beleza voltou a ser a magreza extrema.
— Isso nos adoece muito. Acho que não existe uma modelo que não pensou em tomar Ozempic ou fazer dietas extremistas, a gente se compara entre si com corpos e cabeças doentes, imagino para as pessoas que olham de fora, isso adoece toda a população. Mas, acredito que tudo depende da gente, tenho esperança que podemos nos unir e mudar isso — reflete.
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Lara conta que deseja trabalhar cada vez mais com marcas com as quais se identifique e que promovam a liberdade de ser. A modelo segue sempre acompanhada pelo desejo de fazer parte de uma mudança dos padrões sociais.
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