Uma adolescente de Florianópolis participou de um projeto onde pode simular o G20 e representará outros jovens catarinenses em uma exposição aberta sobre a reunião que ocorre nesta semana no Rio de Janeiro.

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Ana Luísa Ordenes tem 15 anos, e é neta de chilenos, exilados no Brasil durante a ditadura de Augusto Pinochet. Desde cedo, em casa, desenvolveu o interessa por história e por cultura, e o avô a ajudou a desenvolver o olhar crítico da adolescente para questões sociais.

Além de português, Ana fala espanhol desde criança e estuda inglês e japonês. A adolescente sonha em se tornar professora universitária e pesquisadora.

Até 21 de novembro, a edtech Edify Education abre no Shopping Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro a exposição “G20: o futuro pelo olhar do jovens”, com frases e fotos de 20 jovens, de 12 a 18 anos, com recados para os líderes do mundo. Entre eles está Ana Luísa, que participa do projeto Empatia da edtech.

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Ela também assina, junto de outros adolescentes do Brasil inteiro, um documento que deve ser repassado aos líderes do G20. No texto, eles propõem ações e leis para preservação do meio ambiente, como diminuição da emissão de carbono e no engajamento para frear as mudanças climáticas.

— A importância de debater sobre o clima e mudanças climáticas, em geral, é como isso põe as vidas em risco. A natureza grita por um amor mais humilde, uma alegria no singelo, um espírito que envolva a todos. Isso é o que trago para o G20 também: vida — diz a adolescente.

Ela e outros dois adolescentes propuseram a criação de uma lei de incentivo para que o setor privado invista em projetos ambientais. A proposta é uma das oito incluídas no documento.

G20 ocorre pela primeira vez no Brasil

Chefes de Estado das maiores economias do mundo se reúnem a partir desta segunda (18), até terça-feira (19), no Rio de Janeiro para a cúpula do G20. É a primeira vez que o evento ocorre no Brasil, país que preside temporariamente o grupo desde o fim de 2023. Além do Brasil, fazem parte do grupo: Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Rússia, Índia, Canadá, Coreia do Sul, Arábia Saudita, México, Argentina, Turquia, Indonésia, Austrália e África do Sul.

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Originalmente, o grupo é composto por estas 19 nações, mais a União Europeia. Em 2020, a União Africana (que reúne os 55 países e territórios da África) foi incorporada ao grupo.

Além dos membros, 19 outros países foram convidados para a cúpula no Rio, entre eles, Espanha, Portugal, Chile, Colômbia, Emirados Árabes e Angola.

No encontro, chefes de Estado aprovam acordos negociados ao longo do ano, como a Aliança contra a Fome, proposta pelo Brasil. Este foi um dos eixos centrais definidos pelo país ao assumir a presidência do grupo:

  • Inclusão social e combate à fome e à pobreza;
  • Transição energética e desenvolvimento sustentável;
  • Reforma da governança global.

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