O susto que a menina Isadora Morales, de oito anos, levou ao sofrer uma queda de 30 metros na Serra do Rio do Rastro, no fim da tarde de domingo, poderia ter tido um desfecho bem mais dramático se não fosse a rápida ação dos bombeiros e a sorte da criança, que conseguiu se segurar na vegetação rasteira e evitou uma tragédia. O caso, somado à queda do administrador de empresas Gilson Rufino, 49, em outubro do ano passado, acionou o sinal de alerta entre os responsáveis pelo local e medidas para ampliar a segurança no mirante de um dos principais cartões-postais do Estado devem ser traçadas.
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O local onde a menina caiu não tem placas alertando para o perigo e a mureta de contenção é facilmente driblada pelos turistas, que se arriscam em busca de melhores fotos e da adrenalina em ver mais de perto o penhasco de 700 metros. Agora, a Secretaria de Desenvolvimento Regional de São Joaquim, responsável pelo espaço, anuncia que realizará uma reunião para definir melhorias na segurança de quem frequenta o mirante.
A promessa é de que placas de sinalização serão instaladas. Já o Departamento de Transportes e Terminais (Deter), responsável pela rodovia que cruza a Serra do Rio do Rastro, considera que a área do mirante é sim bem sinalizada e destaca o muro de contenção concretado de pelo menos 70 centímetros de altura que separa a área segura do penhasco, embora parte desta estrutura esteja com buracos. O departamento, após o caso de Isadora, também afirma que já tem planos para aumentar a segurança e fiscalização no local, com mais iluminação e videomonitoramento.
A criança voltava de uma viagem com os pais pela Serra quando resolveram parar no mirante, perto de 17h. Em seguida, os três se deslocaram a uma parte deserta e afastada para observar melhor a paisagem – segundo os bombeiros, uma atitude nada aconselhável.
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O cabo Edson Freitas, que fez o resgate de Isadora e foi o primeiro a conversar com a garota, explica que esse tipo de queda ocorre quando as pessoas ultrapassam a área delimitada para o mirante, chegando a um espaço sem nenhuma estrutura para o turismo.
Mãe da menina fala em “milagre”
– Ela só gritava para nós que queria sair logo de lá, que estava assustada. Esperamos cerca de 50 minutos pelo resgate, foram momentos de desespero – relatou Sueli Fátima de Jesus – Só um milagre pode tirar alguém com vida daquele lugar – concluiu.
Quando chegou no hospital, Isadora passou por procedimentos básicos para verificar se havia algum ferimento mais grave, mas apenas uma sutura foi feita na cabeça de Isadora, que precisou levar cinco pontos. A única reclamação de Isadora é uma dor do lado esquerdo do tórax, que deve ter sido provocada pelo impacto da queda.
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:: Confira vídeo com mãe de Isadora explicando como aconteceu acidente
Confira fotos do resgate de Isadora: