Nestes primeiros dias do Festival de Dança de Joinville, grupos com bailarinos idosos levaram ao palco muito gingado, brilho e força de vontade, mostrando que a arte de “bailar” pode ser praticada por qualquer pessoa, em qualquer idade.

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Para incluir dançarinos mais velhos, o maior festival de dança do mundo criou as competições “40+” e “60+”. São nessas categorias que um grupo de bailarinos da Cia de Dança Expressão Vital, de São José, compete. Na companhia, há pessoas de 60 a 80 anos.

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— Envolver bailarinos com 40+ e 60+ tanto na prática da dança quanto em festivais é de extrema importância por várias razões que enriquecem a arte da dança e a vida daqueles que a praticam e assistem. Primeiramente, essa inclusão promove a diversidade etária, mostrando que a dança é uma forma de expressão acessível a todas as idades. Isso ajuda a quebrar estereótipos e preconceitos, desafiando a ideia de que a dança é apenas para os jovens — comenta a coreógrafa Geovana de Oliveira.

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A responsável pelo grupo conta que a vinda para o evento é muito importante para a equipe, que se prepara o ano todo para esta e outras competições do gênero. 

— A preparação é feita com muita dedicação e, principalmente alegria, união e ansiedade para reencontrar vários amigos que ganhamos, participando desse evento maravilhoso e tão grandioso — destaca.

A dedicação é tanta que já rendeu resultados. Em 2022, foram campeões nas danças de salão e popular folclórica, além de terem recebido o prêmio destaque entre os grupos de 40+ e 60+.

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O grupo Vovós Sim, Velhas Jamais, de Erechim, no Rio Grande do Sul, atravessa os estados para participar do festival. Os bailarinos têm entre 52 e 87 anos. A coreógrafa Meliza Rizzi explica que há desafios em se trabalhar nesta idade, mas que as conquistas e alegrias superam qualquer uma delas.

—  A gente vem trabalhando há muitos anos porque trabalhar com essa faixa etária não é fácil. Tem um lado que é muito prazeroso, muito gostoso, mas a gente precisa de muito ensaio. Elas acabam esquecendo mais em função da idade, então a gente tem que ensaiar e trabalhar bastante — fala Meliza sobre os desafios.

O grupo gaúcho, assim como o catarinense, ensaia o ano todo. Além do Festival de Dança de Joinville, os dois grupos também participam de diversas outras competições , trabalhando de acordo com a facilidade de cada um.

—  A cada ano a gente vem trabalhando mais forte para superar, para mostrar que o idoso consegue fazer tudo o que ele quiser também — comenta.

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Para Meliza, a inclusão desta faixa etária é muito importante para mostrar que, apesar de alguns bailarinos terem a idade mais avançada, com dedicação e vontade, a equipe mostra que é possível superar os obstáculos.

— Para eles [a dança] é viver. É um prazer estar aqui no maior festival do mundo e mostrar a arte deles, que eles podem, que eles conseguem — finaliza.

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