Viagens demoradas, filas longas, saudades de casa antes de adormecer no alojamento: ainda que os dançarinos que venham ao Festival de Dança estejam sempre em grupo, o melhor companheiro para estas horas é pequenininho, cabe no bolso e só faz ouvir o que cada um quer escutar.

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Confira os depoimentos

Não é raro encontrar nos corredores do Centreventos Cau Hansen e da Feira da Sapatilha alguém com fones de ouvido, afinal, a música é elemento principal para a paixão dos dançarinos e dos estudantes que começam a movimentar Joinville desde quarta-feira.

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Mas não pense o leitor que a concentração na música é didática. Não conte aos professores: os jovens bailarinos escutam todos os estilos, mas dificilmente tocará Tchaikovsky ou Minkus nessas playlists.

– A professora até manda, mas a gente nunca escuta as músicas das coreografias no mp4 – revela Thaís Patricio, de Fortaleza. Em Joinville para dançar nos dias 24 e 28, competindo nas categorias jazz e sapateado, ela tem na ponta da língua o que realmente gosta de escutar.

– É forró – conta ela, com o sotaque cantado do Ceará.

Entre os bailarinos do Sudeste não é diferente. As bailarinas de São Paulo e do Rio de Janeiro confessam que as festas de sertanejo universitário e as baladas moldaram muito o estilo de música que elas escutam nas horas vagas.

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Talvez o jeito seja recorrer ao pessoal da dança de rua ou às professoras – será que, na hora de fazer a lista das mais ouvidas, alguém vai dar prioridade para o som que os move no palco?