Florianópolis já conhece os eleitos para ocupar as 23 cadeiras da Câmara de Vereadores. Apenas 11 parlamentares conseguiram se reeleger, entre eles quatro denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPSC) na operação Ave de Rapina no mês passado. Outros seis vereadores acusados pela promotoria tantavam reeleição, mas ficaram de fora. A denúncia foi protocolada na Vara do Crime Organizado no começo de setembro e seu titular, o juiz Rafael Brunning, que ainda não informou se aceita ou não a acusação, o que transformaria os denunciados em réus.

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Marcelo da Intendência (PP), com 3.162 votos; Roberto Katumi (PSD), com 2.988 votos; Dalmo Meneses (PSD), 2.670 votos; e Dinho da Rosa (PMDB), 2.400 votos, foram os vereadores que conseguiram garantir reeleição mesmo estando na mira do MPSC. Célio João (PMDB), Marcos Espíndola, o Badeko (PHS), Coronel Paixão (PDT), Deglaber Goulart (PMDB), Ed Pereira (PSB) e Ricardo Camargo Vieira (PMDB) também estão na denúncia do inquérito da Cidade Limpa, parte da investigação da Ave de Rapina, não obtiveram os votos necessários. O ex-presidente da Câmara, Cesar Belloni Faria (PD) é réu em outra parte da investigação da Ave de Rapina, que trata de irregularidades em contratos de radares, mas não se candidatou nesta eleição.

Os 10 vereadores são suspeitos de receber propina para aprovação do substitutivo global, de autoria de Badeko, que alterou o projeto de lei Cidade Limpa, que regularia a publicidade de outdoors, luminosos e placas espalhadas pelas ruas da Capital. Para o MP-SC, eles agiram em conluio com empresários do setor para que o referido projeto não fosse aprovado, assim como atuaram em conjunto para que se mantivesse em vigor a Lei Complementar 422/2012, favorável aos interesses de empresários da área.