Morreu no fim de semana o jovem baleado durante uma abordagem da Polícia Militar de Balneário Camboriú. Pedro Henrique Zaninotti de Souza, de 18 anos, não teria atendido a uma ordem de parada e durante uma confusão com os agentes, já na porta da casa onde morava com os pais, foi alvejado. Ele chegou a ser internado no Hospital Marieta Konder Bornhausen, mas não resistiu.

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Essa foi a quarta morte em um intervalo de 19 dias no mês de fevereiro em decorrência de intervenções da Polícia Militar na região. Segundo dados da corporação, houve dois assassinatos em Balneário Camboriú nos meses de janeiro e fevereiro. No mesmo período, foram duas mortes em abordagens da PM. Em Camboriú, ocorreram um assassinato e duas mortes em ações da polícia.

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A Polícia Militar diz que Pedro foi flagrado, na noite de 26 de fevereiro, em alta velocidade e empinando uma Biz pelas ruas de Camboriú. Os agentes teriam dado sinais para que ele parasse, houve perseguição e o rapaz conseguiu chegar em casa, no bairro Tabuleiro. Um vídeo o mostra descendo da moto, abrindo o portão e entrando. Na sequência aparece a polícia, os agentes desembarcam e tiram o o jovem de dentro do pátio (assista abaixo).

A PM diz que Pedro entrou em luta com dos agentes e tentou pegar a arma do militar, o que teria provocado um disparo na cabeça d jovem. A polícia afirma que o rapaz tinha passagens por roubo e furto. O caso é apurado pela Polícia Civil.

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Veja o vídeo

Seis dias antes, na noite de 20 de fevereiro, Walisson José Vieira, de 29 anos, morreu durante abordagem da Polícia Militar. O homem estava em frente à casa da ex-companheira a ameaçando e jogando pedras contra a residência, no bairro Nova Esperança (assista vídeo abaixo). Os policiais disseram acreditar que ele estava sob efeito de drogas e não obedecia às ordens. Os agentes afirmaram ter notado um pedaço de madeira nas mãos do homem e suspeitavam de que ele estivesse com uma faca na cintura.

Durante a ocorrência, ele fugiu para um terreno e teria começado a jogar pedras grandes em direção aos policiais.

A PM diz que tentou meios não letais de contê-lo e resguardar a integridade dos militares, mas como não obteve sucesso precisou disparar contra o homem. Ainda assim, Walisson teria continuado agitado e foi contido e algemado até a chegada do Samu. A equipe de socorro teria feito massagem cardíaca no paciente, porém a morte foi confirmada ainda no local. Conforme o protocolo, haverá também investigação interna da corporação, além do próprio inquérito da PM.

Momento em que homem morto joga pedras contra PMs

No dia 18 de fevereiro, uma verificação de conduta suspeita na frente de uma igreja em Balneário Camboriú evoluiu para uma perseguição na BR-101 com feridos e morte. Os agentes tentaram abordar Emerson Dal Molin, de 31 anos, no cruzamento da Rua 1401 com a Avenida Atlântica. A PM contou que ele tentou fazer uma ultrapassagem pelo acostamento, girou na pista e atingiu uma moto na qual estavam duas pessoas. O casal foi lançado para fora da pista e precisou ser encaminhado ao Hospital Marieta Konder Bornhausen. Um Jeep Renegade também acabou atingido, mas ninguém se feriu.

O Fox caiu em uma vala às margens da BR-101 e o homem teria conseguido sair por uma janela e se escondido no mato. Os PMs contaram que o encontraram em posição de ataque com uma pistola municiada em punho, apontada para os agentes. Os policiais atiraram e o mataram. O homem era do Paraná e tinha passagens criminais. Não havia mandado de prisão em aberto contra ele. A PM afirmou ainda que a arma usada pelo homem tinha 10 munições e uma delas estava na câmara pronta para o disparo. As outras nove estavam no carregador.

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Igor Roberto Aquino, de 34 anos, morreu baleado pela PM na noite de 8 de fevereiro. A polícia afirma que estava em rondas por Camboriú quando o viu de carro trafegando. Como o veículo teria sido usado para cometer uma série de furtos no Litoral Norte, os agentes teriam pedido para que o motorista parasse. A ordem foi acatada, mas segundo os PMs, ao se aproximarem da janela, o homem mirou uma arma em direção a eles, que revidaram atirando.

Igor era apontado pela polícia como líder de uma organização criminosa especializada em furto de caminhonetes Hilux. Imagens divulgadas pela PM mostram, inclusive, ele supostamente praticando um desses crimes. Outra fotografia mostra armas apreendidas com um grupo que, em tese, era chefiado pelo homem.

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