Um ano e meio após o assassinato brutal de Adenire Martins, de 43 anos, quatro envolvidos no crime foram condenados pela Justiça. O irmão da vítima está entre os sentenciados no júri popular ocorrido na última quinta-feira (9). Ele é apontado como principal mentor do homicídio e teria agido motivado por uma disputa de herança. O caso aconteceu na cidade de Indaial, no Vale do Itajaí.

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Os quatro denunciados pelo Ministério Público foram condenados por homicídio qualificado, com as agravantes de motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido. Eles também foram sentenciados por corrupção de menores para prática de crime hediondo. Isso porque estavam acompanhados de um jovem de 17 anos no momento do assassinato.   

Um dos réus, que era irmão da vítima e foi considerado o mentor da ação, recebeu pena de 23 anos e dez meses de reclusão em regime inicial fechado. Outros dois réus, incluindo o genro do irmão da vítima, que arquitetou o crime, foram condenados a 18 anos e 10 meses de reclusão. O quarto réu recebeu pena de 16 anos e quatro meses de reclusão, reduzida porque na época tinha menos de 21 anos. 

Um quinto réu foi absolvido, pois o júri entendeu que ele não participou do ataque brutal.

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Brutalidade chocante

De acordo com o Ministério Público, no dia 9 de abril de 2023, após um almoço em família, Adenire estava em casa com o filho e um amigo. Por volta das 16h, três dos réus invadiram o imóvel e começaram a quebrar tudo que viam pela frente, incluindo um veículo e objetos pessoais da vítima. Assim que percebeu a ação dos criminosos, a vítima pediu que o amigo escondesse o filho em uma área de mata fechada atrás da residência, para protegê-lo.   

Na sequência, os invasores encontraram a vítima e passaram a desferir golpes com facão, pedaços de pau e barra de ferro, principalmente no crânio e no pescoço. “Apurou-se que o crime foi praticado sob ordens do irmão da vítima, que teria organizado toda a ação. E que o genro do irmão da vítima foi o responsável por levar os invasores até a residência e dar-lhes fuga”, sustenta o processo. Um vídeo de uma câmera de segurança registrou o momento da fuga dos assassinos.

O homem foi morto para que não permanecesse na residência onde morava, no bairro Carijós, que era objeto de disputa de herança familiar. À época, o delegado responsável pelo caso, Romildo Parno, contou que Adenire vivia no imóvel que pertenceu aos pais. Alguns irmãos abriram mão da residência, exceto um, que exigia a parte dele. Naquele domingo, houve uma briga diante da casa por conta disso.

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