Quatro mortes foram registradas em dois casos que a Polícia Militar afirma ter havido confronto com policiais neste fim de semana, em Florianópolis. A última ocorrência aconteceu na tarde deste domingo, no Continente.

Continua depois da publicidade

Foi por volta das 15h30min na comunidade da Grota, que fica na região do Monte Cristo. As informações repassadas à Polícia Civil são de que houve perseguição a uma moto depois que ela não parou a uma abordagem de PMs do 22ª Batalhão.

O corpo não estava mais no local quando os policiais civis da Delegacia de Homicídios chegaram e já havia sido encaminhado para o Hospital Regional de São José.

O Corpo de Bombeiros afirmou que havia revolta de moradores pela demora na chegada do atendimento e por isso bombeiros o retiraram do local antes da chegada do Instituto Geral de Perícias (IGP).

O nome e a idade do morto não foram divulgados. Segundo a PM, trata-se de um foragido da Justiça que tinha mandado de prisão decretado por homicídio.

Continua depois da publicidade

As outras três mortes aconteceram no sábado, por volta das 22h, na Rodovia Virgílio Várzea, bairro Saco Grande.

A ocorrência começou por volta das 18h quando, de acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, um dos mortos, Patrik Nascimento, 28 anos, que estava com mandado de prisão decretado e tinha passagens por envolvimento com tráfico e homicídio, invadiu um local com um veículo na Rodovia Haroldo Soares Glavan, em Cacupé.

A Polícia Militar fez buscas, mas Patrik conseguiu fugir pelo manguezal. Horas depois, a PM recebeu a informação de que um carro iria buscar Patrik no Saco Grande e montou um cerco.

Conforme a PM, por volta das 22h de sábado, um Fiat Uno, com outros dois homens, foi abordado por PMs e teve início uma troca de tiros. As outras duas pessoas que morreram são Tairo Martins Fernandes, 22 anos e Wyster Teylor Ribeiro da Silva, 20 anos.

Continua depois da publicidade

Segundo o Departamento de Administração Prisional (Deap), Patrik ficou preso na Penitenciária de São Pedro de Alcântara e foi liberado porque teve prisão domiciliar determinada pela Justiça em 8 de janeiro.

Dias depois, em 18 de janeiro deste ano, Patrik teve decretada nova ordem de prisão e então passou a ser considerado foragido.

“Chefe do PGC”, diz major

De acordo com o major João Batista Réus, do Centro de Comunicação Social da PM, as quatro mortes aconteceram em confronto com os policiais militares.

O major destacou que, no caso de Cacupé, Patrik Nascimento era foragido e seria líder da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

Continua depois da publicidade

– As mortes em confrontos com a Polícia Militar estão aumentando porque se perdeu o respeito pela polícia. No caso do Cacupé isso ficou evidente na quantidade de tiros disparados contra uma viatura – comentou.

Entrevista: Major João Batista Réus, da Comunicação Social da PM

O que aconteceu nesses casos? A PM trata as quatro mortes como sendo em confronto?

João Batista Réus – Sim. Cada vez mais os criminosos estão afrontando a Polícia Militar.

Essas pessoas que morreram atiraram?

Réus – Sim, com certeza atiraram na polícia. Esse do Monte Cristo inclusive era foragido por homicídio. Nos dois casos eles tentaram fugir.

Qual a avaliação da PM sobre as quatro mortes?

Réus – Essas mortes em confronto tendem a aumentar porque se perdeu o respeito pela polícia. Um dos motivos é a impunidade. Todos tinham passagem por crimes e reagiram à polícia. A Polícia Militar lamenta sempre quando acontecem essas mortes, mas utiliza a força necessária e progressiva para que a lei seja cumprida.

* Colaborou Hyury Potter

::: Leia mais notícias sobre segurança