Quatro palestinos morreram em um túnel de contrabando entre o sul da Faixa de Gaza e o Sinai egípcio, informaram neste domingo equipes de resgate, acusando o exército egípcio de ter inundado a galeria subterrânea.

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Os quatro homens, de 22 a 45 anos, “estavam desaparecidos” e “foram encontrados mortos depois que o túnel onde trabalhavam foi inundado há nove dias pelo exército egípcio”, afirmou em um comunicado a Defesa Civil de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

O Egito não se pronunciou sobre estas acusações palestinas e se nega a comentar as ações de seu exército ao longo da fronteira entre Gaza e o Sinai, onde trava um combate contra rebeldes extremistas.

O exército, no entanto, destruiu centenas de túneis, alegando que servem para o tráfico de armas e de combatentes.

Israel impõe há 10 anos um rígido bloqueio aéreo, terrestre e marítimo aos dois milhões de moradores de Gaza. A única fronteira da Faixa de Gaza não controlada pelo Estado hebraico é com o Egito, e ela se encontra quase permanentemente fechada desde que em 2013 o presidente islamita Mohamed Mursi foi deposto pelo exército.

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Os túneis são um dos últimos recursos dos moradores de Gaza para transportar produtos de contrabando.

No entanto, os grupos armados, especialmente o Hamas islamita no poder em Gaza, também recorrem a esta rede de galerias subterrâneas.

* AFP