A diversidade é um tema que tem sido muito debatido em diferentes esferas. Mas muito melhor do que falar sobre o assunto é aprender na prática como desenvolver isso diariamente, na rotina das empresas. Durante o Startup Summit 2019, evento realizado pelo Sebrae em parceria com a ACATE, Renata Henriques, Gabryella Correa, Talita Matos e Tania Gomes Luz compartilharam experiências e dicas para viver a diversidade no cotidiano.

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Além de discutir boas práticas para unir respeito às pessoas e desenvolvimento sustentável de empresas, elas também compartilharam suas trajetórias e os desafios de ser mulher e empreendedora.

Representatividade

Renata Henriques, coordenadora de projetos de Empreendedorismo Feminino do Sebrae, compartilhou alguns dados sobre o ecossistema feminino. Destacou que no Brasil as mulheres são mais qualificadas que os homens, mas que, mesmo assim, faturam 22% a menos do que eles. Um dos motivos para isso é que elas dedicam 18% a menos de tempo aos negócios.

Segundo ela, o que atrapalha as mulheres é a quantidade de tarefas em casa, a carga mental que geram e as crenças limitantes que fazem as profissionais acreditarem que não são capazes ou que não são boas em matemática, por exemplo.

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Outro problema é a representatividade:

— Eu só posso ser o que eu vejo outras mulheres sendo — critica.

União

Gabryella Correa, fundadora e CEO da Lady Driver, aplicativo de transporte particular exclusivo para mulheres, disse que resolveu empreender para criar um ambiente seguro para mulheres que usam outros apps deste tipo de serviço — para as motoristas também. Em São Paulo, já são mais de 50 mil motoristas.

Ela conta que ouviu muito que não seria capaz de empreender, mas nunca desistiu e, hoje, se sente feliz por ter esse propósito de empoderamento feminino e de promoção de independência financeira para as mulheres. A CEO também recomenda que elas se unam e empoderem umas às outras.

Processos seletivos

Talita Matos, gerente de comunidades do Impact Hub Floripa, falou que a diversidade está enraizada na cultura da organização. Ela recomenda que as empresas repensem seus processos seletivos e tenham metas mais claras para atrair pessoas diversas.

— A cultura das empresas tem que estar preparada para acolher essa diversidade — comenta.

Empreendedorismo não tem gênero

Tania Gomes Luz, da GirlBoss, é também a primeira diretora eletiva da Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Ela comenta que é necessário que as mulheres tenham grupos de apoio para se fortalecerem e que confiem que as crenças limitantes não as definem. Tania acredita que empreendedorismo não tem gênero.

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— Meu sonho é que algum dia a gente não precise sentar num palco pra falar sobre diversidade — finaliza.​

O Startup Summit é uma iniciativa do Sebrae. Veja aqui a cobertura completa do evento.​