No quarto dia de greve, os bancários fecharam 41,87% das agências do país – 9.092 unidades de um total de 21.714, segundo balanço feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com dados enviados até as 18 horas desta sexta-feira pelos sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários. Na quinta-feira, no terceiro dia do movimento, já eram 8.527 agências fechadas (39,27%).
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Na segunda-feira, os bancários realizam assembleias em todo o país, no período da tarde, para intensificar o movimento grevista. Nesta sexta-feira, o comando da greve se reuniu em São Paulo e decidiu por essa ação. Os sindicalistas esperavam que a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) aproveitasse o encontro, na capital paulista, para apresentar nova proposta de negociação.
– Os bancos perderam mais uma grande oportunidade para retomar negociações e apresentar nova proposta aos bancários, ignorando a presença do Comando Nacional em São Paulo – disse o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
A categoria tem cerca de 500 mil funcionários no país. Por meio de nota distribuída à imprensa, a Fenaban afirma que, no dia 28 de agosto, apresentou proposta de aumento e solicitou ao movimento sindical que “apontasse eventual necessidade de ajuste”. De acordo com a Fenaban, “até agora nada foi apresentado”.
Os bancários argumentam que já tiveram nove rodadas de negociação com a Fenaban para discussão de todos os pontos da pauta de reivindicações, entregue aos banqueiros em 1º de agosto. A Fenaban apresentou proposta de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. Os trabalhadores pedem 10,25%.
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