Quatro corpos foram encontrados nesta quarta-feira (21) por mergulhadores que buscavam pelos desaparecidos do iate de luxo que naufragou na costa da Sicília, na Itália. As informações são do g1.

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Ainda não há certeza sobre a identidade dos corpos, mas as seis pessoas que estavam desaparecidas são Mike Lynch e a filha Hannah, além de Jonathan Bloomer, presidente do conselho de administração do Morgan Stanley International, assim como a esposa dele, e Chris Morvillo, advogado que defendeu Mike Lynch, dono do iate, em um julgamento nos Estados Unidos. A esposa do advogado também não foi encontrada.

“Lugar errado, hora errada”: especialistas explicam o que fez superiate naufragar na Itália

Segundo uma fonte da agência Reuters, um dos dois corpos encontrados é de um homem grande e pesado.

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Quem são as seis pessoas desaparecidas após naufrágio de iate de luxo na Itália

Um dos corpos já foi levado à costa por uma lancha dos bombeiros. A recuperação dos corpos levou tempo, uma vez que a entrada das cabines está bloqueada por móveis e outros objetos.

Os corpos encontrados são de um homem e de uma mulher, conforme afirma o jornal italiano Corriere Della Sera. Eles estavam dentro de uma cabine e as identidades dos dois ainda não foram confirmadas. Os familiares já chegaram ao porto e devem reconhecê-los em breve.

Há rumores de que os corpos sejam de Mark Lynch e da filha Hannah, mas até o fechamento da matéria não houveram confirmações.

Os mergulhadores estão fazendo uma parada a 20 metros de profundidade, antes de trazer os corpos à superfície, de acordo com a agência de notícias italiana Ansa. Isso significa que a retirada dos corpos está sendo feita de maneira gradual.

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Com pouca esperança de encontrar sobreviventes, os mergulhadores conseguiram entrar no veleiro na terça-feira (20), que se encontra tombado a 50 metros de profundidade. Como a embarcação está deitada de lado e os espaços são menores, a equipe de mergulhadores tem de oito a 10 minutos para averiguá-lo antes de retornar à superfície, o que dificulta os trabalhos.

As equipes de buscas contam com a ajuda de um veículo subaquático, que é controlado remotamente. O recurso consegue operar no fundo do mar até uma altitude de 300 metros, com autonomia entre 6 e 7 horas.

Há pouco tempo, um helicóptero de mergulhadores dos bombeiros, que pertencem à mesma equipe que atuou nas buscas do naufrágio do Costa Concordia, em janeiro de 2012, chegou para auxiliar as equipes. Eles vieram de Gênova, cidade italiana.

Comandante foi interrogado por mais de 2 horas

Ainda de acordo com a agência de notícias Ansa, o interrogatório do comandante do Bayesian durou por mais de duas horas. James Catfield, de 51 anos, foi ouvido nesta terça-feira (20)

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Procuradores que investigam o incidente o ouviram até tarde a fim de traçar os últimos momentos do iate antes do naufrágio.

Nesta quarta, os interrogatórios continuarão acontecendo com os 15 sobreviventes, que esperam pelo fim das buscas no resort Domina-Zagarella, em Palermo.

Uma primeira inspeção externa revelou que o iate, que está no fundo do mar, não tem sinais de vazamentos e o mastro principal de alumínio, de 75 metros de altura, está intacto.

Como foi o naufrágio

Um tornado incomum no Mar Mediterrâneo fez com que o iate virasse.

— O vento estava muito forte. O mau tempo era esperado, mas não nessa magnitude — afirmou um oficial da Guarda Costeira em Palermo à agência de notícias Reuters.

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Quando o iate foi atingido, por volta das 5h, os tripulantes provavelmente estavam dormindo nas cabines. Uma das sobreviventes contou que foi despertada com a água dentro da embarcação e se dirigiu até o convés. Ela conseguiu sair da embarcação com a filha dela, que tem um ano de idade.

Tornados no Mar Mediterrâneo são um fenômeno raro. Nos últimos dias, no entanto, tempestades e chuvas pesadas vêm atingindo diversas regiões da Itália, gerando ocorrências de inundações e deslizamentos de terra.

Veja quem são alguns dos desaparecidos

*Sob supervisão de Luana Amorim

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