O circo do motocross mundial ainda estava sendo preparado nesta quinta-feira quando o primeiro motor roncou nos boxes da pista montada no parque Beto Carrero World, em Penha. Era a moto 250 cilindradas da revelação argentina Nahuel Kriger, de apenas 15 anos, que faz sua estreia entre os melhores do mundo no GP Brasil de Motocross neste fim de semana.

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Quinta-feira, apesar de uma garoa fina insistente, a organização sob supervisão do inglês Justin Barclay, fazia os ajustes finais na pista que ficou marcada no ano passado pelo excesso de lama e o nível de dificuldade imposto aos melhores pilotos do mundo.

Fora da pista, a movimentação estava restrita a montagem de motorhomes de equipes nacionais, que servirão de casa para os pilotos brasileiros como o goiano Wellington Garcia, da Honda Mobil. Nos boxes das principais equipes de fábrica como a KTM, Yamaha e Honda, estavam apenas os mini-containeres com motos, peças e ferramentas. A maioria dos mecânicos e pilotos estrangeiros chegaram ontem, mas apenas hoje deverão aparecer para início dos trabalhos de montagem e regulagem das motos.

A exceção era a modesta equipe Marelli Sports, do argentino Nahuel Kriger, de apenas 15 anos. Ao lado do pai, ele acompanhava a montagem da moto feita por dois mecânicos. Assim como os pilotos brasileiros, Nahuel foi convidado para disputar a prova brasileira, a única na América do Sul. E será a primeira vez que o novato terá a chance de conhecer e disputar uma prova com seus principais ídolos.

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– É um sonho realizado. Sempre acompanho as provas pela internet e agora poderei estar ao lado de um Cairolli (Antônio, tetracampeão mundial) ou de um Jeffrey Herlings (holandês, líder invicto da categoria MX2). Tenho muito que aprender para chegar um dia nesse nível – disse Nahuel, que espera correr ao lado dos dois ídolos.

Isso só será possível porque o formato do GP Brasil de Motocross foi modificado com a realização de uma Super Final, composta por 36 pilotos, os 18 melhores da primeira bateria de cada categoria (MX1 e MX2).

A Super Final só acontece nas provas do Campeonato Mundial que são realizadas fora da Europa, com objetivo de tornar a competição mais atrativa para o público. O que talvez nem fosse preciso para os fãs do motocross no sul do Brasil, pois 36 mil pessoas deverão assistir ao evento e apenas dois setores ainda têm ingressos disponíveis: torcida largada e arquibancada geral. ?

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