Após três anos de entrada no mercado, 48,2% das empresas não sobrevivem, divulgou nesta segunda-feira o Instituto Brasileiro de Estatística e Economia (IBGE). O levantamento sobre a Demografia das empresas em 2010 aponta os movimentos de entrada e saída das empresas, tempo de sobrevivência e classifica quais apresentaram um aumento médio de pessoal ocupado assalariado entre 2007 e 2010. As empresas avaliadas estão no Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), do IBGE.
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Do total das 464,7 mil empresas que apareceram pela primeira vez em 2007, 76,1% sobreviveram em 2008, 61,3% até 2009 e 51,8% até 2010. Depois de três anos de entrar no mercado, 48,2% das empresas não sobreviveram. Dentre as atividades que apresentaram as mais altas taxas de sobrevivência nos três anos observados estão a saúde humana e serviços sociais (61,4%), eletricidade e gás (60,8%) e água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (57,4%). As menores taxas estão nas atividades de artes, cultura, esporte e recreação (45,6%), outras atividades de serviços (46,5%) e atividades financeiras e de seguros (47,4%).
Quanto ao número de empresas novas no mercado, em 2010 foram 999.123, 5,5% maior que em 2009 e 736,4 mil fecharam as suas portas. A taxa de entrada de 22,1% representa que uma em cada cinco empresas em atividade em 2010 era nova. As maiores taxas foram observadas nas áreas da construção civil (31,2%), eletricidade e gás (29,1%) e outras atividades de serviços (28,5%).
A região Sul foi a que apresentou a maior taxa de sobrevivência das empresas, com 79,3%, seguida pelo Sudeste, que apresentou 78,9%. Ambas as regiões apresentaram um crescimento maior que a média nacional de 77,9%. Santa Catarina está em primeiro lugar, com 82,1%, seguida por São Paulo (79,3%) e o Rio Grande do Sul (79,2%). As regiões que apresentaram maior taxa de saída foram o Norte e o Nordeste.
Empregos
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No ano avaliado pela pesquisa, o total de ocupações assalariadas cresceu 9,1% (2,6 milhões) em relação a 2009 e as empresas novas foram responsáveis pela criação de um milhão destas vagas, sendo que 35,6% pelo comércio.
Dentre as atividades, as indústrias de transformação responderam por 23,3% do acréscimo no pessoal assalariado; construção por 18,7%; atividades administrativas por 17,5% e comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas por 14,6%. Juntas, essas quatro atividades foram responsáveis por 74,1% (2,3 milhões) do acréscimo no pessoal ocupado assalariado entre 2007 e 2010. As demais atividades econômicas responderam por 25,8% do acréscimo.