Quase metade das cidades de Santa Catarina são consideradas infestadas pela dengue, segundo o último boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) divulgado nesta quarta-feira (22). No total, 145 municípios tiveram a disseminação e manutenção dos focos do mosquito Aedes aegypti na semana passada. O número representa mais de 49% das cidades do Estado.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
A quantidade de locais avaliados como infestados se manteve igual à análise anterior do órgão de saúde. No entanto, houve um crescimento de 17,24% em relação ao mesmo período de 2022.
Desde o início de 2023, foram identificados 22.354 focos do mosquito em 212 municípios, mais de 71% das cidades catarinenses. Apesar do alto número de registros, a Dive aponta que há um queda em comparação com o ano passado, com menos 12,3% de focos detectados.

Até 18 de março, o Estado recebeu 14.390 notificações de casos de dengue, sendo que 4.941 amostras foram descartadas e 89 inconclusivas. Outros 6.316 casos permanecem como suspeitos.
Continua depois da publicidade
Cenário de água potável e saneamento é complexo em SC, avalia especialista
Mesmo que Santa Catarina tenha registrado aumento de 17,8% no número de notificações em 2023, em comparação com o ano passado, a quantidade de pessoas doentes diminuiu. Apesar disso, a Dive afirma que é necessário ter cautela quanto a esta tendência, já que mais de 6 mil casos seguem como suspeitos.
Casos confirmados e mortes
O Estado já ultrapassou 3 mil casos confirmados da doença e contabiliza 3.044 pessoas diagnosticadas com dengue neste ano. Do total, 2.695 são autóctones (transmitidos dentro do território catarinense) e estão distribuídos em 47 municípios. A cidade que concentra mais de mil casos e lidera o ranking é Palhoça, na Grande Florianópolis.
Atendimento na saúde e vagas na educação são desafios com crescimento de Florianópolis
Segundo a classificação dos pacientes, foram registrados 145 casos de dengue com sinais de alarme e quatro de dengue grave.
Ainda foram notificados nove óbitos suspeitos da doença, sendo que dois foram confirmados, quatro foram descartados e três permanecem em investigação pelas Secretarias Municipais de Saúde com apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Continua depois da publicidade
Além disso, a Dive confirmou que o Estado registrou oito casos de Chikungunya, que recebeu 138 notificações desde o começo de 2023. Com relação ao Zika vírus, não há pacientes confirmados, mas 51 notificações.
Investimento no combate à dengue
O governo de SC anunciou, no começo da semana, a criação de um “comitê de crise” para coordenar as ações contra a dengue no Estado e prometeu liberar R$ 10 milhões para auxiliar os municípios. As medidas foram tomadas em função do alto número de casos de dengue registrados neste início de ano.
VÍDEO: investigado em fraude queima dinheiro e ostenta luxos nas redes sociais
A verba anunciada por Jorginho Mello deve ter como prioridade custear horas extras de servidores para ampliar o horário de atendimento em unidades básicas de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) nos municípios. A intenção é desafogar prontos-socorros de hospitais da demanda de pacientes com sintomas de dengue.
Na semana passada, a Dive emitiu alerta crianças e adolescentes de 0 a 19 anos têm apresentado maior incidência e agravamento da doença — são 26,2% dos pacientes do Estado com esta faixa etária, contra 19% no mesmo período do ano passado.
Continua depois da publicidade
Leia também
IFSC abre inscrições de processo seletivo com 500 vagas em cursos técnicos integrados
Deputada de SC quer aumentar pena para quem invadir áreas
Petrobras anuncia redução de R$ 0,18 no preço do diesel para distribuidoras