Análise do Departamento de Administração Prisional (Deap) de Santa Catarina sobre o sistema prisional de 2013 revela que 48 % da população carcerária _ 8.256 pessoas em 48 instituições no Estado _ exerceu algum tipo de trabalho no ano passado. O número é superior ao registrado pelo órgão em 2012, quando 39 % detentos (6.435 pessoas) praticaram alguma atividade, seja remunerada ou em troca de diminuição na pena. É a maior média de detentos ocupados do país, segundo o levantamento feito pelo Departamento Penitenciário Nacional. A meta, segundo o diretor Leandro Lima, é fechar este ano com 10 mil encarcerados trabalhando.
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O relatório mostra ainda que cresceu o número de presidiários estudando. Se em 2012 estavam em sala de aula 1,6 mil apenados, no ano seguinte mais 200 detentos ingressaram no sistema especial de ensino, gerenciado pela Secretaria Estadual da Educação. Um avanço nesta área foi o número de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) _ um salto de 212 em 2011 para 1.039 no ano passado.
– Percebemos algo diferente, que não parte do sistema, mas de uma nova postura do preso, que decide se inscrever, explorar novas possibilidades – comentou o diretor.
Na contramão do crescimento do número de pessoas trabalhando e estudando dentro do sistema prisional está a quantidade de vagas, que ainda não acompanha o ritmo de ingressos. De acordo com o balanço do Deap, todos os dias 17 pessoas dão entrada em uma unidade ou complexo carcerário de Santa Catarina. Ao todo, o sistema oferece 11.300 lugares, mas a população carcerária em 2013 atingiu 17,2 pessoas entre homens e mulheres. Déficit que o diretor Leandro Lima acredita ser compensado ainda este ano, com obras de ampliação de vagas em Itajaí, Joinville e Criciúma, e construção de novas unidades em Chapecó, Tubarão, Curitibanos, Blumenau e São José.
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Confira os números do sistema prisional em Santa Catarina: