Ao menos 797 adolescentes em Santa Catarina receberam vacinas contra a Covid-19 que não são recomendadas pela Anvisa para essa faixa etária. Os dados foram apresentados na tarde desta quinta-feira (16) pelo Ministério da Saúde durante coletiva de imprensa. O Estado vai investigar as aplicações e realizar o acompanhamento dessas pessoas, caso necessário.
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Até o momento, a agência reguladora só liberou a aplicação de doses em pessoas de 12 a 17 anos de vacinas da Pfizer. Porém, a pasta identificou que centenas de adolescentes foram vacinados com doses da Astrazeneca, Janssen e Coronavac.
Segundo o Ministério da Saúde, em Santa Catarina, foram 353 doses da Astrazeneca, 420 da Coronavac e 24 da Jansen. Além disso, nos dados do MS, também consta que 195 adolescentes já receberam a D2, apesar de a campanha no Estado ter iniciado no início de setembro.
Em todo o país, ao menos 1,5 mil adolescentes tiveram reações após tomar a vacina contra a Covid. De acordo com o Ministério da Saúde, 93% dos casos foram de jovens que tomaram vacinas erradas.
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Além disso, a pasta investiga a morte de um adolescente de São Paulo que, supostamente, estaria ligada à vacinação contra a Covid-19.
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Em nota, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde Santa Catarina, informou que está verificando os dados. Além disso, o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, alegou que está verificando junto ao MS quais as cidades em que houve o registro de vacina diferente para, posteriormente, realizar a investigação.
— Se foi erro de digitação, corrige. Se não for, notifica e esse adolescente será acompanhado — pontua Macário.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) também vai acompanhar o caso.
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Estados não seguiram PNI, afirma ministro
Durante a coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, alegou que os Estados não seguiram o Plano Nacional de Imunização, em relação à vacinação dos adolescentes. A previsão da pasta era de que a campanha começasse nesta quarta-feira (15).
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Por conta disso, o MS resolveu restringir a imunização apenas para adolescentes entre 12 e 17 anos com comorbidade e restritos de liberdade. Queiroga também criticou as secretarias estaduais.
— Sigam a recomendação do PNI. Não dá para o ministério se responsabilizar por condutas que são tomadas fora do plano — pontuou o ministro, que também enfatizou que o MS não enviou doses para aplicação em adolescentes.
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O Ministério da Saúde também orienta que os adolescentes que tomaram a primeira dose da Pfizer e que não possuem comorbidades não busquem pela segunda dose. Apenas deve ser ofertada a imunização completa para aqueles que tiverem comorbidades, e que tomaram a vacina da Pfizer.
Queiroga afirmou que, para adolescentes, não irá autorizar a chamada “intercambialidade” – segunda dose com fabricante diferente da aplicada na primeira -, por não existirem estudos sobre essa estratégia no público jovem.
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