O protesto estava marcado para as 19h em Balneário Camboriú, mas quando o relógio marcava 18h40min centenas de pessoas já se reuniam na Avenida Central, no Centro da cidade. Com cartazes, apitos e bandeiras do Brasil, os manifestantes, alguns com o rosto pintado nas cores da bandeiras nacional, deram início poucos minutos depois a uma caminhada que tinha muitas reivindicações como foco. A PM estima que quase 7 mil pessoas tenham participado do protesto.

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Nas faixas e nas vozes, as mensagens repetiam aquilo que outros protestos ao redor do país deixavam claro: o ato não era pelos 20 centavos, em alusão ao aumento na passagem do transporte coletivo em São Paulo, que deu origem à onda de manifestações na última semana.

E os cartazes eram democráticos, com diversas causas estampadas em letras garrafais para não deixar dúvidas à população: contra as obras na Estrada da Rainha, contra a corrupção, contra a PEC 37 (que limita a atuação do Ministério Público), contra os gastos nas copas do Mundo e das Confederações e pela falta de investimentos em saúde, educação e segurança.

O protesto seguiu para a Avenida Brasil, onde o trânsito ficou interrompido por alguns minutos até que os manifestantes definissem por onde iriam depois dali. Os gritos de guerra mais comuns eram o hino nacional, o já emblemático “vem pra rua” e o tradicional “eu sou brasileiro, com muito orgulho”.

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Vez por outra, um coro levantava voz contra os governantes, mas a defesa dos direitos e de melhores condições de forma geral para o país dominavam o discurso. Das janelas de apartamentos na Brasil, moradores respondiam ao chamado, a maioria apoiando o movimento, ainda que de forma tímida.

A manifestação prosseguiu depois para a Avenida Atlântica, e o ponto de chegada previsto era o Pontal Norte, no pé da Estrada da Rainha. A Polícia Militar e a Guarda Municipal de Balneário Camboriú estiveram presentes durante todo o protesto, mas não foi registrado nenhum ato de violência, depredação ou repressão, seja por parte das forças de segurança ou por parte dos manifestantes. Conforme o prometido nas redes sociais, onde a mobilização ganhou força, o protesto foi pacífico.