Nas últimas semanas, o cemitério que fica na região central de Forquilhinha tem sido alvo de furtos durante a madrugada. Pelo menos 59 portas de alumínio foram levadas dos jazigos familiares nos últimos dias, além de placas e letreiros em bronze. Dois boletins de ocorrência já foram registrados pela paróquia que administra o local, e a Polícia Civil investiga o crime.
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Durante a tarde desta quarta-feira, 8, moradores da cidade vieram conferir a situação. Os irmãos Renato Steiner, 81 anos, e Rita, 64, construíram a capelinha da família há cerca de 15 anos. Cinco familiares estão sepultados ali, e ao constatar o roubo das portas, o que restou foi tristeza e indignação.
— Viemos ver para poder registrar um boletim de ocorrência. É aqui onde ficam nosso entes queridos, a gente tenta fazer algo bonito para homenagear, e acontece isso. O sentimento é de tristeza — lamentou a aposentada.
O engenheiro ambiental Valdir Hobold também esteve no cemitério à tarde. Tanto o túmulo que pertence à família dele, quanto o do outra parte da família da irmã, foram alvo dos bandidos. Ele definiu o ato como "uma falta de respeito", e para evitar danos futuros, vai mandar produzir as portas novas com um material diferente.
A Paróquia Sagrado Coração de Jesus fica ao lado do cemitério, e é quem administra o local. O pároco responsável está em viagem, mas assim que retornar, novas medidas de segurança devem ser tomadas segundo o padre Samuel Colombo Pirola.
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Aumentar o muro, instalar cerca elétrica ou câmeras de monitoramento são algumas das opções que devem ser requisitadas pela comunidade e pelos dizimistas da paróquia. Tudo será analisado e discutido a partir da segunda quinzena da janeiro, segundo Pirola.
— Não é uma questão de vandalismo explícito, eles não destroem, não quebram vidros, eles tiram portas e os letreiros em bronze. A gente está solicitando ronda policial como uma medida inicial, e depois vamos pensar as providências a serem tomadas a longo prazo — explicou o padre.
A Polícia Civil instaurou inquérito para verificar a onda de roubos ao cemitério. O delegado Ricardo Kelleter disse que a comunidade pode colaborar com qualquer informação pelo telefone 181 ou pessoalmente na delegacia de Forquilhinha. Ele não pode dar detalhes sobre a linha de investigação para não atrapalhar os trabalhos.