Moradores e comerciantes do Iririú, na zona Leste de Joinville, bloquearam nesta quinta-feira, por cerca de uma hora, o trânsito nas duas principais entradas do bairro. Foi a quarta manifestação em menos de um mês por causa da implantação do anel viário.
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Por cerca de uma hora, o trânsito ficou completamente alterado na zona Leste de Joinville, com milhares de veículos parados antes do terminal do Iririú, muita gente andando a pé e ruas vazias em direção ao Boa Vista e Jardim Iririú.
Com pneus em chamas, faixas e até tapumes retirados de muros e construções da região, os manifestantes impediram que os veículos passassem pelas ruas Witch Freitag (no binário) e as esquinas das ruas Videira (continuação da Piratuba) e Tangará, que poderia servir de desvio.
Com os três bloqueios feitos em menos de cinco minutos, os moradores se anteciparam ao Ittran e a Polícia Militar e impediram qualquer desvio do trânsito que servisse de alternativa.
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– As mudanças não foram boas para quem mora aqui nem para quem tem comércio. Precisa voltar como estava – dizia Luciene Rodrigues, uma das comerciantes que liderou o movimento. Uma das mais revoltadas, Zenaide Viel, que é empresária, tentou manter a calma e pedir a ajuda dos motoristas. Houve pelo menos três conflitos entre os manifestantes e quem tentava entrar no bairro.
– Tem gente que está só para fazer baderna – disse Marcos Dana. O carro dele que estava bem em frente aos pneus, foi chutado e amassado. Dois comerciantes que estavam no protesto se prontificaram em pagar o conserto.
Prefeitura diz que mudanças estão em estudo
Por meio do secretário de Comunicação, Marco Aurélio Braga, a Prefeitura informou que está providenciando ajustes no anel viário, de acordo com reunião feita nos últimos dias. Segundo ele, é possível que haja alterações pontuais. A Prefeitura reconhece que ainda há alguns pontos complicados, principalmente no final rua Iririú, nos acessos ao bairro Aventureiro.
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– O prefeito passou pessoalmente nas ruas, deu uma volta lá, e os ajustes pedidos estão em estudo. Nunca nos negamos a negociar e conversar com os moradores – disse o secretário.