A história da NSC completa 40 anos nesta quarta-feira (1º). A empresa começou a operar como TV Catarinense em 1º de maio de 1979. Dois anos depois, passou a se chamar RBS TV Florianópolis. Em 2017, após a conclusão da compra da empresa de comunicação, continuou a trajetória como NSC TV.

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Ao longo de quatro décadas, a empresa está ao lado dos catarinenses e contribui com a identidade e desenvolvimento do Estado, como foi estabelecido no compromisso inicial assumido na fundação do canal.

Foi assim desde o início, ao acompanhar logo no primeiro ano os protestos que marcaram a Novembrada, em Florianópolis, em 1979. Nos momentos difíceis, como as enchentes de 1983 e 1984 em Blumenau e as tragédias climáticas de 2004, no Sul do Estado, e de 2008, no Vale, a empresa cumpriu seu papel de prestação de serviço e de manter a população informada.

A história também teve momentos de glória e consagração. Foi assim, por exemplo, nos títulos de Gustavo Kuerten em Roland Garros e na visita do Papa João Paulo II a Florianópolis.

A primeira emissora de TV foi também o ponto de partida para as demais empresas que compõem a NSC Comunicação, como os jornais Diário Catarinense, Jornal de Santa Catarina, A Notícia e Hora de SC, as rádios Atlântida, CBN Diário, Globo e Itapema, e o portal NSC Total.

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Quarenta anos depois, esse alcance se desdobra em números. Hoje são seis emissoras que operam com sinal digital nas regiões de Florianópolis, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Joinville e no Centro-Oeste do Estado. A NSC garante a cobertura de 295 municípios e se destaca com produções premiadas que mostram o Estado para o Brasil e o mundo.

Por dia, a NSC TV chega a 3,5 milhões de pessoas, segundo dados da última pesquisa Ibope. Ao longo desses 40 anos, a maneira de fazer jornalismo e entretenimento mudou. Um avanço que fez o telespectador interagir com os apresentadores, os programas e as equipes de reportagem.

É esse contato o responsável por uma das principais lembranças do apresentador Mário Motta. A experiência marcante vem do Jornal do Almoço na Praça – uma vez por mês, o programa era apresentado de uma cidade diferente do Estado, com matérias sobre a cultura e a história da região. O formato que passou por mais de 100 municípios.

A colega de bancada de Motta no JA, Laine Valgas, está na emissora há quase 20 anos e também diz encontrar nessa relação de proximidade com o telespectador uma vocação para buscar a resolução de problemas da comunidade.

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Engajamento da produção ao público

As mudanças que acompanharam esses 40 anos foram vivenciadas de perto por colaboradores como Edson Iahn, 59. O coordenador de operações é o funcionário mais antigo ainda em atividade na NSC TV. Ele foi contratado em 1º de abril de 1979, um mês antes de a então TV Catarinense entrar no ar.

Na época um jovem de 19 anos, Iahn começou a trabalhar como projetor de telecine, uma tecnologia que foi modificada seis meses depois, em um processo de constante transformação que acompanha a trajetória da emissora.

— A grande mudança foi na tecnologia. As bases são as mesmas, a apresentação, o formato com jornalistas, mas a forma é outra. Gosto muito do que faço porque todo dia é diferente, todo dia é um novo desafio — conta.

Os programas que ainda hoje o coordenador ajuda a colocar no ar, com a equipe, levam informações a telespectadores como Aílton José Valentim Júnior, 48 anos. O morador de Florianópolis tem uma grande simpatia por jornalismo.

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É admirador do formato mais informal e aberto à interatividade de telejornais como o Jornal do Almoço, que acompanha desde 1986 e que durante muitos anos o fez adiar a refeição para acompanhar as notícias apresentadas por Mario e Laine.

Valentim é um dos muitos fãs da dupla. Em janeiro deste ano, Motta e a equipe foram almoçar na empresa em que ele trabalhava. O contato foi um estímulo a mais para ele continuar acompanhando a programação.

— Gostei muito de conhecer todos. Eles têm uma energia muito legal. Eu realmente me senti em casa — lembra.

O que mais me deixa feliz em participar desta equipe é o propósito que o jornal tem e vem construindo ao longo desses 40 anos, que é fazer a diferença na vida de quem está em casa sendo igual. Sendo empático, com uma capacidade de se colocar no lugar telespectador, entender o que ele está precisando e ir atrás. Dizer: estou contigo, quero te mostrar, quero te ouvir.

Laine Valgas

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Conseguimos resgatar, no Jornal do Almoço, uma identidade que ainda não existia pela falta de uma comunicação que unisse as pessoas. Nossa responsabilidade nos permitiu, por meio de um veículo, ajudar o Estado a se descobrir, a população a entender suas etnias.

Mário Motta