O horário que vamos para a cama e quanto tempo permanecemos nela podem influenciar também a nossa alimentação, além da disposição durante o dia. De acordo com um estudo da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, o sono interrompido pode ser responsável pela alta ingestão de alimentos, o que pode vir a causar danos a longo prazo para a saúde de adultos e crianças.

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A alimentação é impulsionada por fatores biológicos, emocionais e cognitivos, segundo os autores da pesquisa. Depois de uma noite mal dormida, o hormônio controlador de apetite é afetado, os níveis de estresse e a impulsividade aumentam e, consequentemente, o desejo por comida é maior devido à necessidade de compensar a falta de energia. Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram dados de diversos estudos sobre sono realizados nos últimos 14 anos.

Milhões de pessoas no mundo sofrem com distúrbios do sono. Embora seja evidente que uma noite mal dormida prejudique a execução de tarefas, o comportamento e outros hábitos rotineiros, poucas pessoas sabem que esse problema também está associado à quantidade de alimento que ingerimos. Para Alyssa Lundahl e Timothy Nelson, autores do estudo, entender os mecanismos responsáveis por essa relação é importante para tratar intervenções ligadas à alimentação inadequada, como a obesidade, diabetes e doenças cardíacas.

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– A pesquisa tem implicações importantes para tratar condições de saúde com intervenções na dieta. É importante conscientizar as pessoas que sofrem com a falta de sono sobre esse tipo de estudo, para que prestem mais atenção com a quantidade e qualidade dos alimentos que estão consumindo – afirma David Marks, editor do Journal of Health Psychology, periódico onde foi publicado o estudo.

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