A chuva que inundou parte de Joinville entre a noite de quinta-feira e a madrugada desta sexta surpreendeu meteorologistas e os órgãos de defesa na região. Não havia qualquer alerta que indicasse uma concentração pluviométrica na proporção em que ocorreu e a tábua de marés previstas para Joinville sequer anunciava estado de observação no período.

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Ou seja, o que provocou o alagamento de ruas e casas foi mesmo a intensidade da chuva durante o período mais crítico, entre as 23 horas de quinta e as 2 horas de sexta-feira. Segundo o relatório da Defesa Civil municipal, foram 80 milímetros de chuva num período de aproximadamente uma hora – metade do que seria normal em todo o mês de março.

-É complicado identificar esse tipo de precipitação no radar, nas estações meteorológicas. É uma formação incomum – diz o coordenador regional da Defesa Civil, Antônio Edival Pereira.

Se houvesse interferência da maré no período da chuva, observa o coordenador, a inundação de algumas áreas seria ainda maior.

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-Houve uma alta densidade pluviométrica, concentrada, típica de verão. Ela se concentrou nas bacia do Cachoeira e do Piraí – explica.

O ciclone subtropical formado no mar entre as regiões Sudeste e Sul no início da semana, e depois classificado como tempestade subtropical, não teve qualquer influência sobre a chuva em Joinville. A notícia daquele sistema e o evento em Joinville foram coincidências, acrescenta Edival.

A previsão do tempo para esta sexta-feira, de acordo com a Epagri/Ciram, é de sol com nuvens e pancadas de chuvas isoladas à tarde e início da noite.

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Mapa: confira os pontos onde foram registrados alagamentos em Joinville:

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Veja fotos da situação das ruas durante a madrugada