Talvez o encontro realizado a portas fechadas no gabinete do promotor de Justiça Odair Tramontin na última sexta-feira tenha sido um dos fatores decisivos para que prefeitura e grevistas acalmassem os ânimos e chegassem ao consenso que pôs fim à maior greve da história de Blumenau. Desde o final da última semana, ambos os lados preferiram manter sigilo sobre o andamento das negociações. De acordo com o prefeito Napoleão Bernardes, foram inúmeros encontros e ligações telefônicas durante o final de semana.
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De acordo com o promotor, a participação do Ministério Público na mediação apenas proporcionou que as duas partes se encontrassem e dialogassem com calma. Primeiramente o promotor ouviu cada lado da história e após mediou o debate entre os envolvidos na negociação.
– Minha participação foi singela e não dei nenhum tipo de opinião. No entanto, quando o encontro acabou, tive a intuição de que iria render frutos – lembrou o promotor.
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Da maior greve da história de Blumenau, o prefeito Napoleão Bernardes falou sobre seu compromisso com a saúde financeira do município. De acordo com ele, greves em outros 26 municípios do país no mesmo período mostram que as dificuldades financeiras também são enfrentadas em outras regiões.
– Precisamos nos unir em torno da revisão do Pacto Federativo – avaliou o gestor.
O Pacto Federativo comentado pelo prefeito é o mecanismo vigente no Brasil que regula as responsabilidades fiscais de cada ente da Federação. Além disso, estabelece as políticas de partilha de receita entre União, estados e municípios.
Propostas do Executivo foram aceitas pelos servidores
Em relação às categorias 1 e 2, formadas por cerca de 700 profissionais com as menores remunerações na carreira municipal, Bernardes comprometeu-se com o sindicato em conceder R$ 20 adicionais de julho até dezembro. Até o final do ano, deve encaminhar um projeto de lei ao Legislativo municipal para reenquadrar a categoria em um novo patamar.
Sobre a reposição das horas não trabalhadas na área da saúde, o chefe do Executivo explicou que o processo deve acontecer de maneira similar à área da educação. A Secretaria de Saúde trabalhará em um calendário de reposição para que os serviços que não eram executados possam ser normalizados.
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