Um estouro, um vulto e galhos caindo. Esta foi a sequência do susto testemunhado pelo pintor Ariovaldo Jorge Amorim no fim da tarde de quinta-feira. O barulho era o impacto da queda, o vulto era a empregada doméstica Daiane Beatriz Maciel e os galhos foram os que salvaram a jovem de 25 anos.
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– Corri para o muro e vi alguém caído no terreno ao lado. Era uma mulher. Achei que estava morta, mas vi o rosto se mexendo. Aí, disse: ‘ se estiver me ouvindo mexa a mão’. Ela mexeu. Neste momento, saí correndo para buscar ajuda e acionar os bombeiros – descreveu Ariovaldo.
O homem de 42 anos trabalhava em um serviço de pintura no prédio onde Daiane caiu do 10º andar (cerca de 30 metros), teve a queda amortecida pela árvore e parou sobre uma pilha de vegetação no terreno ao lado, a uns cinco metros do muro do prédio.
Minutos após a queda, Daiane já esta consciente e pediu água a Ariovaldo. Antes mesmo da chegada dos bombeiros, a jovem grávida de dois meses encontrava-se em pé à espera dos bombeiros. Porém, foi orientada a permanecer sentada.
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– Quando ela me falou que caiu do 10º andar, fiquei espantado. Trabalho em altura também e sei o que isso significa – admirou-se o pintor.
A empregada doméstica fazia a limpeza da sacada ou da área de serviço no momento do incidente. Confusa por causa da queda e sem lembrar exatamente o que aconteceu, não sabia precisar em qual dos dois espaços encontrava-se.
Ao chegarem, os bombeiros acharam Daiane sentada sobre galhos de árvore, no chão, apenas com arranhões nos braços. Conforme informações do Hospital Celso Ramos, Daiane e o bebê estão bem. Ela foi examinada e continuava em observação.
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Segundo a delegada Ester Coelho, um policial civil foi ao local e informou que a vítima havia mesmo caído do 10º andar do edifício Boulevard Saint Michel, na avenida Esteves Júnior, no Centro de Florianópolis.