O Ibama vai manter o monitoramento de manchas que surgirem no mar da região da Grande Florianópolis. Depois do vazemento de óleo na Tapera, técnicos estão atentos para qualquer ocorrência. Confira a entrevista com o superintendente do Ibama, Kleber Souza.

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Diário Catarinense – A nova mancha, de 3,14 mil hectares, pode ser de óleo da Celesc?

Souza – É provável que não. Para se ter uma mancha do tamanho da de ontem (quarta-feira), precisaria de cerca de 30 mil litros de óleo. Sabemos que o derramamento foi de 12 mil litros na Tapera.

DC – Dá para confirmar se é óleo o material encontrado no Ribeirão da Ilha (ontem à tarde)?

Souza – Não. É semelhante, mas precisa de avaliação. Muitas vezes é alga ou bactérias. Pode também ser óleo de outro local.

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DC – Todas as manchas que surgirem serão analisadas pelos técnicos do Ibama?

Souza – Neste momento, qualquer mancha nova a gente fica preocupado. Qualquer mancha de óleo pode aparecer, de material que estava no fundo do mar. Tem que ficar observando. Se for confirmado como óleo, temos que controlar. É trabalho padrão. Como teve derramamento de óleo, qualquer mancha, por precaução, deve ser vistoriada.

DC – Acompanharam as manchas nas outras regiões da Ilha?

Souza – Não acompanhamos o aparecimento na Baía Norte. Mas à tarde, nos reunimos com a Fatma. A ideia é manter a unicidade de análise. A questão é unir força.

DC – É comum aparecer manchas em Florianópolis?

Souza – Há vários rios que aportam, que escorrem no mar. É normal aparecer certa turbidez nas águas da região. É comum aparecer água barrenta. A questão toda é quando tiver características similares ao óleo. Caso seja camada grossa, é mais fácil de saber. Mas se for sutil, com camada fina, já começa a dúvida se é óleo ou alga.