Empresários e trabalhadores do transporte coletivo de Florianópolis voltam à mesa de negociação nesta terça-feira a partir das 14h para tentar um acordo. A proposta patronal foi rejeitada pela categoria na semana passada e paralisações estão previstas a partir desta terça-feira a qualquer momento.
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– Qualquer hora é hora. Temos vários motivos para paralisar todo dia. Não tem estacionamento para os ônibus, não tem lugar para descanso, não tem onde fazer alimentação. Os profissionais estão no limite – afirmou o representante do Sintraturb, Deonísio Linder.
Na negociação deste ano, a categoria não aceita a proposta de redução no número 350 postos de trabalho sem reposição. De acordo com o Setuf, a medida segue o novo edital do transporte coletivo que prevê a redução no número de profissionais e da tarifa. A ideia é desligar 30 cobradores por mês em três diferentes modalidades, que envolvem a não reposição de vagas de demissão (solicitadas ou feitas sob acordo) e com a promoção de cobradores para motoristas.A cláusula contrariou a categoria.
– Desde a licitação do novo edital o prefeito (Cesar Souza Junior) dizia que não haveriam demissões – lembrou o representante da categoria.
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Além da redução nos postos de trabalho, a proposta dos empresários prevê um aumento de 8 % no salário. Segundo Linder, este aumento é condicionado à cláusula que reduz o número de trabalhadores.
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Prefeitura fala em readequação
Sobre a negociação entre Setuf e Sintraturb, a Secretaria Municipal de Mobilidade explicou que só haverá demissões por justa causa e que a proposta dos empresários é para readequação dos profissionais do setor de cobrança.
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No novo serviço de transporte da Capital, contratado entre prefeitura e Consórcio Félix na última semana, está prevista redução da tarifa de R$ 2,70 para R$ 2,58 em pagamento no cartão e de R$ 2,90 para R$ 2,75 em pagamento em dinheiro. Além disso, a integração entre linhas complementares pode ser feitas dentro do intervalo de 2h entre desembarque e novo embarque.