Quinto maior Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina, distribuído entre seus 236.029 habitantes, a quarta maior população catarinense, São José é uma cidade peculiar em sua geografia. Colada em Florianópolis, Palhoça e Biguaçu, é cortada por dois dos trechos de rodovias federais mais movimentados do Estado, a BR-282 – Via Expressa, e o trecho de tráfego mais intenso da BR-101.
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Antes mesmo de ganhar a eleição de 2016 e assumir o segundo mandato, a prefeita Adeliana Dal Pont (PSD) já citava como maior gargalo do município a mobilidade urbana. Este é um problema difícil de solucionar na cidade, basta perceber que em 2017 nada mudou nos congestionamentos.
E nem deve mudar tão cedo, já que a própria mandatária disse que a cidade espera por resoluções e avanços de um plano de mobilidade da região metropolitana da Capital, do qual há anos se fala e não sai do papel. Para 2018, a saúde e a educação serão prioridades de Adeliana, ela garante.
Que avaliação a senhora faz do primeiro ano de seu segundo mandato?
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Foi um ano bastante trabalhoso, mas conseguimos cumprir muitos dos nossos compromissos de campanha. Mesmo sendo o primeiro ano de um novo governo foi extremamente trabalhoso, mas aquilo que era importante e constava do nosso plano de governo, que era a entrega da Policlínica da Forquilhinha com atendimento de emergência 24 horas, a gente conseguiu entregar funcionando para a comunidade em 10 de dezembro de 2017. Isso me deixa um pouco mais tranquilizada, porque qualquer gestor quer fazer tudo, a gente gostaria, mas em épocas de crise nem sempre é possível.
Em 2016, leitores da Hora disseram que o tema mais preocupante para eles em São José era a mobilidade urbana. O que foi feito nessa área em 2017?
Acho que é o nosso grande gargalo, que a gente não consegue resolver sozinho (o município), até porque fazemos parte de um aglomerado de municípios. Estamos tentando dar algumas soluções para o caso através da região metropolitana, tanto a licitação do transporte coletivo como algumas melhorias. O Governo do Estado fez um plano para a região, que é o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus), e nós estamos abrindo mão de algumas competências municipais para priorizar esse plano regional. Estamos aguardando a região metropolitana continuar com as tratativas, que é fazer a licitação do transporte coletivo, depois melhorias nas vias, como a duplicação da BR-282, que é a Via Expressa. Mas as principais mudanças seriam com recursos federais e estaduais, a duplicação da Via Expressa e o Contorno Viário. Por isso, acho que importante é a mobilização dos prefeitos e de toda a sociedade civil para que a gente consiga avançar nessas questões.
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Na época da campanha, a senhora falou da necessidade de abertura de vias alternativas entre a BR-101 e a região de Alto Forquilhas. Isso chegou a ir para frente?
É importante que aconteça uma outra saída para a BR-101, especialmente na região do Alto Forquilhas. Mas daí nós vamos novamente bater numa via que é estadual, a SC-281. O município está encravado em meio a estradas de outras jurisdições. Então, a gente está pensando um projeto alternativo, mas devido a licenças e outras questões pode se tornar um projeto um pouco mais longo.
Na saúde, a senhora prometeu construir mais quatro novas Unidades Básicas de Saúde (Vila Formosa, Real Parque, Serraria e Nossa Senhora do Rosário). Em que pé estão?
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A Serraria está em construção. A Vila Formosa e Real Parque estão com os projetos aprovados, porque precisaram passar pela Vigilância Pública do Estado. Já temos os terrenos e vamos abrir licitação agora no início de 2018. Estão bem encaminhadas.
Na educação, a promessa era ampliar o atendimento abrindo novos seis Centros de Educação Infantil. O que já foi feito?
Além de ter investido mais de R$ 9 milhões em reformas e ampliações das unidades já existentes, estamos com quatro creches em construção.
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Quantas vagas?
Acho que vai mais de 1 mil vagas. Como muitos vêm tentar uma vida melhor em São José, esse número acaba crescendo. Por mais que eu já tenha inaugurado muitas unidades, aberto mais de 2 mil vagas, ainda temos uma fila bem extensa para atender. A primeira creche fica pronta em fevereiro já. E depois a gente está com as outras três em construção. A previsão é atender mais 1 mil crianças em 2018.
Mas a fila é de quanto?
Já chegamos a ter 4 mil crianças na fila, daí baixamos, mas sempre sobe, tem muita criança nascendo. O serviço de educação do município é de muita qualidade, então com a crise, até quem era de escola particular começou a migrar para as creches do município, tende a vir para o serviço público. Então, essa fila dificilmente vai diminuir.
Florianópolis teve um ano de 2017 bem complicado em segurança pública. E em São José, como está essa área?
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Aqui foi bem melhor. Não que seja aceitável, mas se for comparar São José com outras cidades de porte semelhante, nós estamos numa situação bem mais tranquila.
A que a senhora credita isso?
Nós investimos bastante em videomonitoramento, e isso é importante porque é uma das poucas cidades do Estado que tem 24 horas de monitoramento nas principais ruas. Equipamos a Guarda Municipal, novos veículos, novos equipamentos, mas o que foi mais importante foi a união de todas as forças de segurança do município, porque aqui a gente trabalha a PM, a Polícia Civil, a Guarda e a secretaria de forma integrada, e isso tem facilitado muito.
Quais as metas para 2018?
Eu quero concluir essas obras na saúde em 2018 e também as creches. Já no aniversário do município, em março, quero entregar um parque no bairro Araucária. Além de mais um centro esportivo no bairro Ceniro Martins e uma praça, com teatro, na região do bairro Ipiranga.
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