O consumidor que esperou tanto para abastecer, agora tem receio sobre a qualidade da gasolina que voltou às bombas.
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– Não tenho aquela certeza se é a mesma qualidade. Acho que pode ter alguma coisa diferente – diz o pedreiro Luiz Dias.
O Procon de Blumenau recebeu três denúncias depois da volta dos combustíveis nos postos. Antes da greve, era uma reclamação incomum. Luiz diz que a fumaça surgiu no sábado, depois que ele abasteceu. Ele chegou a guardar as amostras do combustível.
– A gente orienta o consumidor se ele tem uma reclamação a ir até o Procon levando o cupom fiscal para montar a reclamação. Hoje o Procon não tem especialistas que fazem os testes para verificar que foi feito alguma alteração no combustível, mas existem órgãos para isso – explica o fiscal do Procon, Carlos Henrique Reinert.
A reportagem foi tirar a dúvida do consumidor com especialistas. O laboratório da Furb testa o combustível dos postos de SC e do Paraná. Os estabelecimentos são sorteados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP). A ANP também manda para Blumenau as amostras dos postos denunciados pelo consumidor
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São fiscalizados 1,2 mil postos por mês, 600 de cada estado. O trabalho diminuiu durante a greve dos caminhoneiros, mas deve voltar nos próximos dias. E para o alívio de quem espera nas filas para abastecer, o químico responsável garante que o combustível não perdeu qualidade pelo tempo que ficou parado.
– A quantidade de dias que esses tanques ficaram vazios é muito pouco pra sofrer uma infiltração ou condensação de água, que seriam contaminantes, digamos assim. Então, se o combustível apresentar problema há indícios de uma não conformidade e ela deve ser denunciada ao 0800-9700267 (da ANP) ou Procon do município onde esse posto está localizado – diz Edesio Simionatto, coordenador do laboratório da Furb.
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