Uma pesquisa do Movimento Todos pela Educação mostra que escolas de uma mesma rede (estadual ou municipal) podem apresentar diferentes níveis de qualidade de ensino, mesmo quando o município ou o estado atinge bons resultados em avaliações como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

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Para a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda, essa realidade é comum principalmente nas grandes cidades. Escolas em regiões periféricas sofrem mais com problemas sociais e de violência que afetam o desempenho dos alunos.

– Há uma problemática muito específica nas grandes cidades que são as periferias. E é bom lembrar que a desigualdade social tem um impacto muito grande no desempenho da escola – afirma.

Na avaliação do conselheiro do Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos, além da localização, outros fatores podem influenciar no desempenho da escola em avaliações, ainda que o investimento por aluno dentro de uma rede seja semelhante. Ele acredita que o projeto pedagógico e a direção da unidade podem fazer a diferença no resultado.

– Já vi situações de escolas que ficam no mesmo bairro, eram separadas apenas por um muro, e uma tinha um resultado excelente e o da outra era pífio. A diferença é que em uma delas havia o trabalho de um gestor que tinha liderança entre os professores e se articulava com a comunidade – compara.

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Pilar recomenda que os secretários de Educação, ao identificarem as escolas ‘mais frágeis’ do ponto de vista educacional, desenvolvam uma política específica para aquelas unidades.